Após a manifestação pública do seccional tocantinense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra a jornada de 7 horas ininterruptas no Judiciário em julho – das 12 às 19 horas -, o Sindicato dos Servidores da Justiça (Sinsjusto) emitiu nota para defender a medida, que entende ser benéfica não só para os funcionários, mas também para o trabalhador em geral e para o próprio Poder.
“O Sinsjusto entende a ação como benéfica à classe, uma vez que a trafegabilidade processual durante julho é baixa. A entidade enxerga, também, que tal ação resultará benefícios ao Judiciário e ao público, uma vez que resultará em economia, já que reduz uma hora de trabalho por dia, porém aumenta o horário disponível ao público que trabalha, já que atenderá a população em horários que o trabalhador comum tem folga”, argumenta a entidade em referência ao horário comercial.
A entidade não só limita em defender o expediente em julho, como implantá-lo de forma definitiva. “Essa experiência pode ser um termostato para uma possível implementação no futuro”, encerra.
OAB
A redução da jornada não agradou a advocacia. Em nota, o OAB do Tocantins revelou que já tinha se manifestado anteriormente contra a implementação da jornada reduzida no Judiciário e pediu ao menos a participação no debate sobre a possibilidade. Agora a entidade se reúne nesta terça-feira, 2, conselheiros federais, estaduais e membros da comissão de prerrogativas para discutir as medidas institucionais cabíveis quanto ao tema.
Leia a íntegra da nota do Sinsjusto:
“NOTA PÚBLICA EM DEFESA DO DECRETO DO JUDICIÁRIO
O Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Tocantins (SINSJUSTO) vem a público se manifestar a favor do decreto judiciário n. 307/2019, publicado na última sexta-feira, 28, que altera o horário de expediente do Poder Judiciário do Tocantins em todas as comarcas do Estado a partir desta segunda-feira, 01.
O poder judiciário tocantinense funcionará em horário corrido de 12 às 19horas. O novo horário será em carácter excepcional durante todo o mês de julho.
O SINSJUSTO entende a ação como benéfica à classe, uma vez que a trafegabilidade processual durante o mês de julho é baixa.
A entidade enxerga, também, que tal ação resultará benefícios ao Poder Judiciário e ao publico assistido, uma vez que resultará em economia já que reduz uma hora de trabalho por dia, porém aumenta o horário disponível ao público que trabalha, já que atenderá a população em horários que o trabalhador comum tem folga (horário de almoço 12h às 14h e após as 18h).
Apesar de saber que se trata somente de um mês o sindicato compreende que essa experiência pode ser um termostato para uma possível implementação no futuro e afirma que seguira buscando junto a administração a implantação de horário corrido de forma definitiva.”