Derrotado na primeira etapa do processo de eleição direta (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT), Milne Freitas contou à Coluna do CT que ficou satisfeito com o desempenho da chapa “Construir Pela Base Respeitando as Diferenças”, que conquistou 69 dos 230 delegados [30%]. Com a maioria, o deputado estadual Zé Roberto Lula será reconduzido à presidência da legenda no Tocantins.
Falta de estrutura
Milne Freitas destaca o resultado na primeira etapa por causa das condições com que disputou o PED. “Eu sem a mínima estrutura contra um presidente [Zé Roberto Lula] que tem mandato, contra Célio Moura que tem a estrutura de deputado federal. Para nós foi um resultado excepcional. Aparenta ser pouco, mas estamos felizes”, resumiu à Coluna do CT.
Foco em Palmas
Com a derrota no âmbito estadual, Milne Freitas revelou que a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB) foca agora no segundo turno pela presidência do diretório metropolitano petista. O grupo dará apoio a João Vilela “na expectativa de promover o equilíbrio dentro do partido”. “O diretório estadual e metropolitano na mesma corrente fica um monopólio”, comentou. Apesar de Vilela ter apoiado Zé Roberto no âmbito estadual, Freitas afirma que a candidatura dele em Palmas é “independente e autônoma”.
Com Zé Roberto o PT não cresceu
Apesar de afirmar que irá continuar contribuindo com o partido, Milne Freitas não escondeu a insatisfação com a gestão do presidente. “Nós temos severas divergências com o comando político do deputado Zé Roberto. Apesar de eleito um deputado federal, o partido não cresceu. Nós ficamos felizes com a eleição, mas não significa crescimento”, comentou o líder da CNB, apontando por exemplo que o PT não tem mais nenhum prefeito.
Sem perspectiva para 2020
Milne Freitas continua apontando para um possível insucesso do PT nas eleições municipais com o comando nas mãos de Zé Roberto. “Temos pouquíssimas perspectivas de eleição, dado ao sectarismo. Nossa proposta era buscar ampliar o partido, trazer gente nova, da centro-esquerda”, defendeu.