Um fato histórico em meio à crise que marcou os Bombeiros do Tocantins nos últimos meses: pela primeira vez, o 1º Batalhão de Bombeiros Militares será comandado por uma mulher, a tenente-coronel Andreya de Fátima Bueno, que assumiu o posto na manhã de sexta-feira, 6, em cerimônia na sede da instituição, com a presença do governador Mauro Carlesse (DEM).
Comando sobre 194 homens
Ela vai comandar o maior efetivo de bombeiros militares do Tocantins, com 194 homens. O grupo representa 40% da tropa e atua na região central do estado, com quatro companhias e um pelotão.
Honra e orgulho
A tenente-coronel Andreya disse que é “um momento de muita honra”, e que sente “muito orgulho” por ter sido escolhida pelo comandante-geral, coronel Reginaldo Leandro da Silva, para assumir o 1º Batalhão de Bombeiros Militares, por ser a primeira mulher a assumir o mais alto nível de comando operacional.
Competência, dedicação e profissionalismo
Tanto o governador quanto o comandante-geral dos Bombeiros destacaram a competência, dedicação e profissionalismo da tenente-coronel. “A gente não pode diferenciar nem homem, nem mulher. Ela tem competência muito grande. Para mim, é uma alegria muito grande e penso que só vai melhorar e trazer clareza. Chegou a hora dela e ela vai comandar a maior cidade do Tocantins, Palmas. Fico feliz mesmo e que tenham outras mulheres com condições de estarem nesse posto tão importante, que é à frente dos Bombeiros Militares”, discursou o governador.
Momento dignificante
O comandante-geral, coronel Reginaldo Leandro da Silva, disse que, para a corporação, “esse momento é dignificante”. ‘Ter uma mulher à frente do Batalhão Operacional, um Batalhão que lida com quase a totalidade de homens sob seu comando, não só Palmas, mas também Porto Nacional, Paraíso e Taquaralto. A tenente-coronel Andreya assume porque tem todas as condições técnicas para estar neste cargo a partir de hoje”, garantiu o coronel.
Enorme valor simbólico
A posse da tenente-coronel tem um enorme valor simbólico para a corporação, uma vez que ocorre pouco depois de a Justiça Militar ter determinado o arquivamento do processo sobre os assédios morais e sexuais que teriam acontecido no âmbito dos Bombeiros do Tocantins. A notícia-crime foi apresentada pela Federação das Associações dos Praças Militares (Faspra), mas o Ministério Público (MPE) concluiu pela inexistência de provas ou indícios suficientes da prática dos crimes.