O promotor Marcelo Lima Nunes, da 6ª Promotoria de Gurupi, achou que a prefeitura da cidade não adotou medidas suficientes para prevenção do novo coronavírus, a Covid-19, e quer que endureça as medidas de restrições. Em recomendação que expediu nesta sexta-feira, 20, Nunes disse que causa estranheza que o município já não tenha feito isso, enquanto cidades vizinhas, como Paraíso do Tocantins e Palmas, que ele lembra que possui um caso confirmado da doença, bem como todo o Estado de Goiás, já adotaram medidas de isolamento social mais efetivas e restritivas e até fechamento de todo o comércio.
Controle de pessoas
Assim, o promotor quer que Gurupi também adote sistema de controle de pessoas que ingressarem no município, inclusive que desembarcarem na rodoviária, em especial provenientes de cidades com alto índice de contaminação pelo vírus, para fins de identificação e orientação.
Fechamento para evitar aglomeração
Ainda recomendou que a prefeitura determine, “de forma excepcional e temporária, o fechamento de quaisquer locais em que possa haver aglomeração de pessoas e propagação do vírus com facilidade, suspendendo as atividades de escolas (públicas e particulares), academias, centros de treinamento, clubes sociais, CTGs, feiras, restaurantes, bailes, igrejas, centros religiosos, cinemas, casas noturnas, casas de eventos, bares noturnos, boates e similares”.
Apenas atividades essenciais
O MPE admite que se mantenha “apenas atividades essenciais, como bancos, casas lotéricas, postos de gasolina, revendedores de gás, farmácias, laboratórios, supermercados, padarias e congêneres e desde que adotadas as medidas de higienização adequadas para controle epidemiológico, sob pena de multa, interdição total ou parcial da atividade e cassação de alvará de localização e funcionamento”.
Três casos suspeitos
O promotor observou que o município até agora apenas “recomendou que pessoas sintomáticas não frequentem locais públicos”. Nunes lembrou que Gurupi tem três casos suspeitos do novo coronavírus sendo monitorados, “o que exige planejamento imediato da prevenção do contágio e do atendimento clínico”. “Não sendo admissível aguardar o crescimento progressivo da doença, eis que o sistema de saúde, notadamente pelo fato do único Hospital Público situado no município ser referência para outras 18 cidades, não terá condições de atender muitos casos graves de pacientes que venham precisar de internação/ventilação”, avisou o membro do MPE na recomendação.