A Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial Contra a Administração Pública (Dracma) instaurou inquérito nessa terça-feira, 4, para apurar possíveis crimes praticados pelo deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) e por Lívio de Morais Severino, ex-assistente de gabinete do tucano. A Polícia Civil (PC) investiga a possível utilização de servidor público para fins particulares.
O inquérito é resultado de uma denúncia anônima feita à Polícia Civil. Nela foi enviado o que seria a ata de uma reunião do consórcio intermunicipal denominado “União II”, realizado em Barra do Ouro, com a presença de representantes de Filadélfia, Palmeirante e Goiatins. Nesta audiência, Lívio de Morais Severino representou a Sancil Sanantônio Construtora e Incorporadora, empresa alvo da Operação Expurgo, que investiga armazenamento irregular de lixo hospitlar.
Segundo a ata enviada pela denúncia, a pauta da audiência realizada em agosto deste ano era o cronograma para sanar pendências no Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) para garantir uma licença de operação de aterro sanitário. Diante desta informação, a Dracma solicitou ao Tabelionato de Notas de Araguaína todas as procurações públicas outorgadas pela Sancil Sanantônio.
A Dracma constatou a existência de procuração pública outorgada pela Sancil em favor de Lívio de Morais Severino, dando plenos poderes ao mesmo para representar a empresa, isto na época em que era servidor público da Assembleia Legislativa, investido no cargo em comissão de assistente de gabinete das comissões permanentes do deputado estadual Olyntho Neto.
Devido à atuação de Lívio de Morais em favor da Sancil no período em que era assessor de Oyntho Neto e pela empresa ter “estreitos vínculos com familiares” do parlamentar, a Dracma resolveu instaurar inquérito apurar crimes pela utilização de servidor público para fins particulares.
Fora da Sancil
Em nota, o parlamentar disse que não faz parte do quadro societário da Sancil e que não responde por ato referente à vida particular de qualquer cidadão. Por outro lado, Olyntho Neto afirmou que os assessores do gabinete “têm liberdade de exercer qualquer atividade que não interfira em suas atribuições”.
Leia a íntegra da nota de Olyntho Neto:
“NOTA À IMPRENSA
O deputado estadual Olyntho (PSDB) reafirma que não faz parte do quadro societário da empresa citada; não responde por qualquer ato referente à vida particular de qualquer cidadão, seja ex-assessor ou não, e seus assessores tem liberdade de exercer qualquer atividade que não interfira em suas atribuições junto ao gabinete.”