A derrota do presidente eleito Jair Bolsonaro no Tocantins nesse domingo, 28, recai diretamente sobre a direção regional do PSL e deixa o Palácio Araguaia numa situação pouco confortável com o próximo comandante do País.
O petista Fernando Haddad venceu no Estado com 51,02% dos votos válidos contra 48,98% para Bolsonaro. No primeiro turno, o capitão tinha vencido (44,64% contra 41,12%).
Dessa forma, o PSL do Tocantins deve ter dificuldade para se colocar como principal elo entre o Estado e o Palácio do Planalto. O partido, desde a eleição, está dividido com brigas internas, que colocaram de um lado o ex-candidato a governador César Simoni e o presidente regional, Antônio Jorge, e de outro o ex-candidato a senador Farlei Meyer e seu grupo. Bolsonaristas que militaram em favor do presidente eleito, e tiveram papel primordial na campanha, também se desentenderam com a direção regional da legenda.
Já Carlesse preferiu não entrar na campanha. Se não perdeu com o resultado, também não contribuiu para melhorar o desempenho do presidente eleito no Tocantins. Assim, estará desprestigiado diante do novo governo federal.
O significado de tudo isso é que o senador eleito Eduardo Gomes (SD) se torna ainda mais forte diante do governo Jair Bolsonaro, a quem é muito próximo desde a época em que o tocantinense foi primeiro-secretário da Câmara. Como ninguém se sobressaiu neste segundo turno para ganhar prestígio junto ao presidente eleito, Gomes voa em céu de brigadeiro.