A derrota do PSB nas eleições deste ano levou importantes membros da legenda a fazer reflexões e comparações, e dizem que não teve como não sentir saudades do comando do prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, que trocou a sigla pelo PSDB, insatisfeito com a condução do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha.
Os números são claros e mostram que o PSB saiu das eleições de 2018 bem menor do que na época de Laurez. Em 2008 o partido fez quatro prefeitos, que em 2012 saltaram para 16. Amastha chegou de mala e cuia no PSB em maio de 2015. Meteu o pé na porta e tirou o colega de Gurupi da presidência.
No entanto, em 2016, o número de prefeitos caiu para 9, uma redução de 43%. Para piorar a situação, muitos reclamaram da falta de atenção do presidente regional e foram seduzidos pelo PSDB, do senador Ataídes Oliveira. Dessa forma, sete dos nove eleitos um ano antes saíram do PSB e tucanaram.
Ficaram apenas o então prefeito de Palmas, Carlos Amastha, e o de Dianópolis, Padre Gleibson. Com a renúncia em abril, o PSB perdeu sua principal prefeitura, a da Capital, comandada pelo seu presidente regional, e, com a aliança com o PT, na suplementar, Gleibson ficou descontente e também caiu fora.
Ou seja, em menos de dois anos, todo patrimônio político erguido por Laurez foi perdido e o PSB não tem hoje nenhum dos nove prefeitos que elegeu em 2016.
Os insatisfeitos, por enquanto, fazem silêncio, mas à boca pequena a água está fervendo, e mais cedo ou mais tarde, prometem, vai entornar escaldante.