Exaltado por políticos do Pará e do Tocantins, por seus efeitos econômicos para a região, o derrocamento do Pedral do Lourenço, no Rio Tocantins, autorizado nessa segunda-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), está sendo criticado por ambientalistas. O órgão federal autorizou a remoção de obstáculos em um trecho de 35 quilômetros, entre Santa Teresinha do Tauiri e a Ilha do Bogéa, no Pará. “O Ibama acabou de autorizar a explosão de parte de um rio da Amazônia. E isso não é linguagem figurada. É literalmente a explosão de um rio”, afirma a apresentadora e ambientalista Mary Tupiassu, num vídeo que postou em suas redes sociais.
DINAMITAR A NATUREZA
De acordo com ela, “a derrocada do Pedral do Lourenço vai dinamitar literalmente a natureza”. “Vai explodir com dinamite, com toneladas de dinamite, uma estrutura rochosa do rio Tocantins, em 35 quilômetros de extensão. Isso é o extermínio da fauna, da flora, de espécies inteiras, como tartarugas que só existem nessa região”, alerta a apresentadora.
CO2
Mary Tupiassu ressaltou que sem contar com a quantidade de CO2 que 35 quilômetros de explosões vão gerar na atmosfera”. “Porque o CO2 é um subproduto mais comum de qualquer tipo de explosão”, explicou.
RESISTÊNCIA
A ambientalista contou que o Ibama concedeu a licença depois de oito anos de tentativas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sempre contestadas pelo Ministério Público, pelas comunidades tradicionais e por uma série de pesquisadores. Além da explosão da formação rochosa, Mary Tupiassu destacou outro problema que vai ocorrer: a dragagem do rio. Tudo para que a hidrovia possa se consolidar e movimentar mais de 20 milhões de toneladas de carga.
Assista o vídeo:
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