TURMA DO 3º TURNO TENTOU ESVAZIAR
Vereadores aliados do prefeito eleito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), comemoraram de forma especial nessa terça-feira, 17, a aprovação do Orçamento de 2025, que projeta receitas de R$ 2,75 bilhões. Isso porque parlamentares ligados à candidata derrotada em outubro, a deputada estadual Janad Valcari (PL), tentaram esvaziar a sessão. “A turma do terceiro turno tentou, mas não deu conta”, comentou à coluna um dos aliados de Eduardo.
TRÊS CONFIRMARAM ASSÉDIO PARA NÃO IR
Três vereadores contaram ter recebido ligação de colegas eleitos na chapa de Janad pedindo para que não comparecessem à sessão. Contudo, 13 dos 19 resistiram ao assédio, compareceram e deram aprovação ao Orçamento de 2025 pela unanimidade dos presentes, com 50% de remanejamento para Eduardo adequar a peça à nova gestão.
PARA ALÉM DA ELEIÇÃO DA MESA
Na avaliação dos vereadores ouvidos pela coluna, a tentativa de impedir a votação do orçamento do ano que vem mostra que o movimento da “turma do terceiro turno” vai além da eleição da mesa. “Trabalham para inviabilizar a gestão do Eduardo”, cravou um deles.
AVENIDA DEPUTADO JÚNIOR COIMBRA
Projeto de importante simbologia aprovado nessa terça-feira, 17, foi o do vereador Rogério Freitas (PSD) que dá o nome do deputado federal Júnior Coimbra à Avenida NS-15, que passou por duplicação e tem as obras de revitalização em fase de conclusão. A via é muito estratégica para Palmas porque tira o tráfego pesado do centro da Capital. Júnior Coimbra faleceu em acidente no interior durante a eleição suplementar para governador de 2018.
NO COMANDO DO CONSÓRCIO DO LAGO
O prefeito eleito de Ipueiras, Neto Aires (Progressistas), contou à coluna que vai pleitear a presidência do Consórcio Intermunicipal para Gestão Compartilhada do Médio Tocantins, o chamado Consórcio do Lago. Ele disse que já conversou sobre o assunto com os prefeitos Eduardo Siqueira Campos (Palmas), Ronivon Maciel (Porto Nacional) Murilo Luiz Martins Morais (Brejinho de Nazaré) e João Alberto (Tocantínia). “Todos sinalizaram o apoio à nossa candidatura”, afirmou Neto.
CANDIDATURAS FEMININAS FICTÍCIAS
No dia da diplomação dos eleitos em Tocantínia, nessa terça-feira, 17, o primeiro suplente de vereador Davi Xerente (PSB) ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral por fraude à cota de gênero. Segundo ele, o que chamou de “candidaturas fictícias” de Dora Mariza Coimbra Noleto Lacerda e Érica Xerente, ambas do PSDB, teriam servido “somente para preenchimento formal da cota de gêneros, sem que houvesse qualquer campanha efetiva nas eleições”. Dora obteve apenas 1 votos e Érica, 5.
BENEFICIOU CANDIDATOS HOMENS
De acordo com Davi, “essa prática fraudulenta beneficiou diretamente” os candidatos Afonso Tavares, Edney Silva Reis e Wagner Pereira da Silva, eleitos vereadores pelo PSDB. O suplente alegou que foi “privado de uma concorrência justa e isonômica no processo eleitoral”. “A fraude desequilibrou o pleito, violando princípios da igualdade e da legitimidade das eleições”, afirmou a defesa de Davi na ação.
SEM PUBLICAÇÃO
A peça afirma que a presidente do PSDB local, Vanessa Xerente, amiga de Dora e irmã de Érica, nunca fez “qualquer publicação ou menção” sobre as candidaturas das duas em suas redes sociais.
COBAIA NAS ELEIÇÕES
A ação ainda cita áudios de Dora nas redes sociais em que disse que “não se candidatou por vontade própria, com interesse de fato de disputar as eleições”. “Inclusive, afirma que foi cobaia nas eleições, que serviu apenas para eleger candidatos com mandatos que estavam em seu partido, concluindo que não recebeu nenhum apoio por parte do partido e da presidente da legenda”, aponta a defesa de Davi.
CASSAÇÃO DE DIPLOMAS
Assim, a ação pede a cassação dos diplomas de Afonso Tavares, Edney Silva Reis e Wagner Pereira da Silva e a nulidade dos votos obtidos pelo PSDB. Também quer a inelegibilidade de Vanessa Xerente, “por praticar e anuir com a prática de conduta fraudulenta e ainda daqueles que praticaram ou anuíram com a conduta”.
CONTRIBUIÇÃO À PREVIDÊNCIA PARA APOSENTADOS
A Câmara de Formoso do Araguaia aprovou nesta semana, em dois turnos, por 8 votos a 1, o projeto de lei que passa a cobrar contribuição previdenciária dos servidores aposentados e pensionistas. Eles terão que pagar 14% sobre os valores que excederem a dois salários mínimos. O único vereador que se colocou contra foi Gabriel Bezerra (MDB).
CONTA NÃO É DO SERVIDOR
Ele reconhece que a situação do FormosoPrev “é caótica”. “O que faz com que medidas sejam tomadas com urgência. Mas, ainda assim, tirar dinheiro do servidor deve ser visto como a última alternativa”, defendeu o parlamentar em suas redes sociais. “Não é o servidor que deve pagar essa conta que não foi ele quem criou.” A nova cobrança começará em junho.