PREFEITOS GOSTARAM
A história de duas eleições de mesa legislativa num só dia deve contaminar os municípios a partir da próxima legislatura (2025/2028), que será eleita no ano que vem. Prefeitos fazem os cálculos para a coluna e concluem que a inovação proposta pelo agora deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos) à Assembleia será uma “mão na roda” para lhes garantir o domínio sobre suas câmaras.
SEIS AMARRADOS DE UMA VEZ
Por exemplo, uma cidade com nove vereadores – a maioria dos casos no Tocantins – tem três deles na mesa legislativa. Com as eleições antecipadas num só dia, o prefeito consegue amarrar seis parlamentares numa só tacada.
DIZIMAR A OPOSIÇÃO
Assim, essa inovação da Assembleia vai contribuir para dizimar a oposição Tocantins afora e ainda ajudar a cooptar vereadores também pelos prefeitos das cidades maiores.
MUDAR CARTAS
O desafio é fazer já a necessária alteração na Lei Orgânica dos municípios e nos Regimentos Internos das câmaras. É preciso, para isso, quórum qualificado, ou seja, votos de dois terços dos parlamentares. Mas, com as vantagens que os vereadores terão, não será difícil aprovar a mudança.
PIAUÍ TAMBÉM ELEGEU 2 MESAS
A inovação também foi implantada na Assembleia do Piauí, que, nesta quarta elegeu duas mesas diretoras, para o primeiro e segundo biênio.
FAROL DA POLÍTICA TOCANTINENSE
A carta do ex-governador Siqueira Campos para os novos deputados estaduais, na sessão solene de posse desta quarta, foi lida por Lívia Angelica Siqueira de Abreu Querido, que, segundo o cerimonial do Legislativo, é prima do nosso maior líder político. Após a leitura da missiva, Lívia classificou Siqueira de “o farol da política tocantinense”. E é bem isso mesmo.
EMOÇÃO DE MANTOAN
No momento em que os deputados foram prestar juramento, dois se destacaram. Eduardo Mantoan (PSDB), pela emoção, ao lembrar do pai, morto há poucos dias. A prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) também foi às lágrimas pelo marido.
PELA SÉTIMA VEZ
Outro destaque foi o deputado veterano Fabion Gomes (PL), que afirmou: “Pela sétima vez, eu prometo”. Fabion e Eduardo do Dertins (Cidadania) são os parlamentares com mais tempo de Casa. O deputado do Bico ainda se ausentou por um tempo para administrar Tocantinópolis. Dertins chegou à Aleto em 2002 e não saiu mais.
OPOSIÇÃO ÀS COISAS ERRADAS
Ao cumprimentar o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), a quem chamou de curraleiro, termo que marcou a campanha do chefe do Executivo ano passado, o deputado Júnior Geo (PSC) disse que não é oposição, que definiu como “burra”. “Sou oposição às coisas erradas. É diferente”, garantiu.
CLEITON DEU O PRIVILÉGIO A LÉO
Quem presidiu a sessão solene de posse dos deputados e da eleição da primeira mesa diretora foi Léo Barbosa (Republicanos). A condução deveria ficar sob a responsabilidade de Cleiton Cardoso (Republicanos), que era o primeiro vice da mesa, mas ele passou para Léo, o segundo vice. O futuro presidente da Assembleia agradeceu Cleiton pela oportunidade.
GABINETE “SOMOS NÓS”
Léo dirigiu os trabalhos com tranquilidade e fez um belo e rápido pronunciamento, em que disse que “o gabinete somos nós [os deputados]”. “As pessoas não vão atrás do gabinete, mas vão ao gabinete atrás do deputado”, afirmou. Ao se referir ao pai, o governador, chamou-o de seu “professor de política e na vida”. Disse que recebe o fato de ter tido a maior votação da história do Estado, 32.885 votos, com humildade, ainda que seja um reconhecimento do trabalho que vem desenvolvendo. Em 2018, ele também encabeçou o ranking, com 23.477 votos.
AYRES DE VICE-LÍDER
O deputado federal Ricardo Ayres chega à Câmara como vice-líder do Republicanos na Casa, e fala em fazer um trabalho para garantir a unidade partidária.
OS 2 DESAFIOS DE ANDRADE
Também novato em Brasília, o deputado federal Antônio Andrade (Republicanos) diz que focará seu mandato em dois desafios: a conclusão do Hospital de Amor em Palmas e a articulação de um programa robusto na área habitacional para o Tocantins.
NO DISCURSO BOLSONARISTA
Sempre aliado ao bolsonarismo, o deputado federal Eli Borges (PL) foi às redes sociais defender a eleição de Rogério Marinho (PL-RN) a presidente do Senado. Ele criticou o que chamou “ativismo judicial”, apesar de dizer que respeita “a todos da magistratura”. “[Rodrigo] Pacheco [PSD-MG] teve a oportunidade, mas não mostrou enfrentamento, portanto, a candidatura que pode garantir isso é a de Marinho, o nosso querido Rogério Marinho […] Ore, clame, fale com quem você puder para que possamos, pelo presidente do Senado, reequilibrarmos os Poderes da República”, rogou.