A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 19, a segunda fase da Operação Nudae, que investiga esquema de fraudes e desvios de recursos públicos em chamada pública do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Tocantins. Afastado da superintendência do órgão na primeira parte da investigação, Carlos Alberto da Costa, o Carlão da Saneatins, foi alvo de prisão preventiva.
Outros dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, todos expedidos pela 4ª Vara Federal. Conforme apurado pelo CT, os agentes visitaram a sede do Incra no Tocantins e estiveram no Núcleo de Tecnologia da Informação do órgão.
A primeira fase da operação foi deflagrada em 31 de agosto, com o objetivo de desarticular esquema criminoso. A investigação apontou a existência de indícios de conluio entre o superintendente regional, fiscais de contratos e empresários com o fim de realizar pagamentos por serviços que não haviam sido efetivamente executados.
Segundo informações concedidas pela PF na primeira fase, o esquema de fraude teria ocorrido na seleção de empresas contratadas para prestar assistência técnica e extensão rural por meio de chamada pública da superintendência do Incra no Tocantins. Os investigados podem responder pelo crime de fraude a licitação e peculato.
Carlão da Saneatins conversou com o CT após a deflagração da 1ª fase, em agosto, e negou ter participado de qualquer atividade ilícita à frente do Incra, garantindo que contribuiria com a investigação, dando todos os esclarecimentos necessários à Polícia Federal. O político também disse na época que todo o processo que resultou nas contratações questionadas pela Operação Nudae foi realizado por gestões anteriores.