O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) disse nessa quarta-feira, 3, que já havia questionado o governo do Estado sobre a “estrutura de segurança” dos professores que atuam no interior de unidades penais. O entidade revela uma cobrança feita ainda em junho por meio de ofício.
A manifestação do Sintet acontece após rebelião e fuga de presidiários da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG) na terça-feira, 2. Uma professora, Elisângela Mendes Sobrinho, foi feita refém, além do servidor Roberto da Silva Aires. Os dois foram resgatados com vida na noite dessa quarta.
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Além de informações sobre a estrutura de segurança, o Sintet também questionou se a Secretária da Educação do Tocantins (Seduc) assegura aos profissionais o auxílio periculosidade, bem como solicitou qual a situação funcional – efetivos ou contratos – destes. Segundo o sindicato, até o momento a secretaria não respondeu a comunicação enviada.
Em reunião do Comitê Estadual de Educação em Prisões no Tocantins (Comep-TO), realizada em junho deste ano, o secretário-geral do Sintet, Carlos de Lima Furtado, membro no conselho, também teria questionado sobre as condições físicas, se estas eram adequadas para o oferecimento da educação básica nas unidades. “Precisamos averiguar sobre quais as condições são asseguradas aos profissionais da Educação dentro dos presídios”, questionou Furtado.
“As demandas da Educação são constantemente evidenciadas no dia-a-dia dos profissionais, como no caso da professora que hoje foi feita refém, reafirmamos, que se a gestão ouvisse nossas reivindicações protocoladas pelo sindicato e buscasse o diálogo, certamente teríamos outras realidades”, criticou o presidente do Sintet, José Roque Santiago. (Com informações da Ascom do Sintet)