Mulheres parlamentares de todo o mundo citaram a divisão desigual do trabalho de cuidados como um dos principais obstáculos para a igualdade entre homens e mulheres no mundo do trabalho. O assunto foi discutido na 3ª sessão de trabalho da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, o fórum do Legislativo do G20, nesta terça-feira (2) em Maceió (AL). O tema da sessão foi “Promoção da igualdade, autonomia econômica das mulheres e superação do racismo”.
A senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) defendeu as políticas de igualdade salarial e o investimento na educação e na qualificação de mulheres, além do combate à violência física e psicológica no trabalho.
“No Brasil, o Parlamento tem colocado como meta principal construir a legislação para que exista o fortalecimento das oportunidades de qualificação, de formação, políticas de financiamento, inclusive junto aos bancos públicos e privados. Esse é o debate que o Parlamento brasileiro tem levado e avançado”, apontou.
De acordo com a parlamentar, ao garantir que as mulheres tenham acesso a oportunidades iguais, é possível reduzir a pobreza e a fome; estimular o crescimento econômico e promover a justiça social, uma vez que a autonomia econômica contribui para a diminuição das desigualdades de gênero, garantindo que as mulheres tenham voz e poder de decisão sobre suas vidas.
Mas, para isso, Professora Dorinha pontuou a necessidade de investir em educação e treinamento para mulheres para que elas desenvolvam as habilidades necessárias para competir no mundo de trabalho e iniciar seus próprios negócios, bem como promover a igualdade de oportunidades no trabalho, com acesso a salários justos, condições de trabalho decentes e oportunidades de progressão na carreira.
Dorinha ainda defendeu combater a violência contra as mulheres e mudar os estereótipos de gênero. “É preciso desconstruir a ideia de que as mulheres são responsáveis apenas pelos cuidados da casa, dos filhos, dos pais, e incentivar sua participação em todas as esferas da sociedade. Precisamos sempre nos lembrar de que a autonomia econômica das mulheres é um direito humano fundamental”. (Da assessoria de imprensa)