Com a presença de 400 convidados, entre cooperados, expositores e produtores rurais de todo o Tocantins, a Frísia e a Fundação ABC, realizaram nesta quinta-feira, 03, a 2ª edição do Show Tecnológico Cerrado.
Durante todo o dia, os participantes tiveram acesso a um vasto conteúdo nas estações da Fundação ABC, onde a assistência técnica apresentou resultados de estudos nas áreas de Fitopatologia, Fitotecnia, Forragens e grãos, Solos e nutrição de Plantas. Além das estações no Campo Demonstrativo e Experimental, o evento apresentou produtos, soluções e serviços para o agronegócio nos 28 expositores.
Como palestra principal, o Show Cerrado trouxe a presença do ex-ministro da Agricultura, um dos principais líderes da revolução verde e o responsável pela modernização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Alysson Paulinelli. Durante sua palestra, o ex-ministro afirmou que a pesquisa no Brasil foi um fator fundamental no setor agropecuário e tem impulsionado a vida no campo, especialmente no cerrado. “Nós somos um feirão tropical, o mundo desenvolveu a sua agricultura nas regiões temperadas. As terras, geologicamente falando, eram mais férteis e não tiveram muitos problemas, era só arrancar a vegetação nativa e cultivar permanentemente. Aqui não, aqui nós tivemos que recuperar solos, pegar o cerrado que é uma das áreas mais degradadas que tem hoje e recuperá-lo para transformá-lo numa área produtiva”.
Ainda conforme o palestrante, esse desenvolvimento no cerrado só foi possível devido à ciência e tecnologia. “A pesquisa tem se tornado essencial, sem ela nós não teríamos o cerrado produzindo o que está produzindo agora”.
O ex-ministro também citou no evento que o Brasil tem o poder de desenvolver a agricultura tropical e essa cultura, em sua visão, precisa ser expandida. “Nós precisamos fazer a tropicalização da maioria dos produtos que nós produzimos. E já melhoramos muito, um exemplo é a soja, que avançou largamente numa região que era predominantemente produtora de milho, além de termos melhorado também as outras culturas.”.
No Tocantins há seis anos, a cooperativa é hoje a maior do Estado, com 110 cooperados localizados em 25 municípios. Para o diretor-presidente da Frísia, Renato Greidanus, o evento é importante porque valoriza o cooperado e o produtor rural do Estado e possibilita que ele tenha, cada vez mais, acesso a conhecimento técnico.
“Acho que esse é o ponto principal desse evento, disseminar o conhecimento baseado em ciência. Nossas pesquisas e o trabalho dos nossos técnicos é imparcial e livre de interesses comerciais. São baseados em recomendações técnicas e isso é fundamental para a aplicação das melhores metodologias. O que a gente quer é justamente fazer com que esse esse evento fique marcado, que possamos fazer todos os anos para trazer sempre mais oportunidades, mais novidades e mais conhecimento técnico para a região. O diferencial da Frísia é ter toda essa estrutura por trás, possibilitando que o produtor possa focar no que é mais importante, ele não precisa se preocupar com a aplicabilidade da tecnologia, com o conhecimento, ele pode focar na produção. Nós conseguimos cuidar da comercialização e garantir essa comercialização desse produto”, pontua.
O secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Jaime Café, destacou a importância do evento para o setor agrícola do Tocantins e o papel da Frísia no Estado.
Segundo ele, em eventos, como o 2º Show Cerrado, os produtores rurais têm a oportunidade de transmitir e receber conhecimento. “Nós reconhecemos que a Frísia presta um serviço muito grande para a produção agrícola do nosso Estado, não somente no recebimento do produto, mas na organização do produtor, além de trazer conhecimentos tecnológicos, variedades e novas práticas de manejo que podem ser adotadas. Desta forma, o produtor pode garantir maior lucratividade e competitividade”.
Erica Lima, coordenadora do entreposto em Paraíso do Tocantins, salienta que iniciativas como estas abastecem os produtores com informações, porque mostram resultados consolidados através de pesquisas. “Acredito que nosso objetivo foi alcançado, porque mostramos para os produtores, conhecimentos, resultados e práticas que eles vivenciam diariamente no campo”, afirmou.
Há seis anos como cooperado da Frísia o produtor rural Hermann Weigand, foi um dos primeiros a se associar à cooperativa Frísia para simplificar a logística de trabalho na sua fazenda. Produtor da região de Pugmil, o empresário conta como é sua experiência:
“Nós viemos do Paraná, que é um berço do cooperativismo, sabia que era uma empresa séria e com propriedade. Quando viemos para cá agarramos a necessidade de ter alguém comprando nossos insumos e vendendo nossos produtos e nos dando liberdade de estar trabalhando dentro da porteira com muita liberdade, porque os desafios aqui são muito grandes. A nossa experiência tem sido a melhor possível, a cooperativa tem um corpo técnico que te ajuda na parte agronômica, tem pessoas habilitadas para fazer as suas compras, dos teus insumos e uma mesa comercial que te auxilia na venda. Recomendaria para todas as pessoas”. (Da assessoria de imprensa)