Como Palmas, ao menos 264 municípios, de todas as regiões do País, tiveram que conceder novos subsídios ou ampliar os existentes para evitar alta nas tarifas de ônibus municipais e intermunicipais ou ao menos reduzir o impacto do aumento, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Na terça-feira, 22, a Prefeitura da Capital publicou decreto que garante a manutenção do valor da passagem do transporte público em R$ 3,85, medida possível mediante subsídio de R$ 0,83 sobre a tarifa pública de R$ 4,68.
Diesel mais caro
O subsídio é resultado do óleo diesel mais caro que a gasolina pela primeira vez desde 2004, e uma queda no número de usuários acentuada pela pandemia de covid-19.
Aderiram nos últimos 2 anos
Conforme o levantamento inédito da NTU, 42% dessas prefeituras e Estados aderiram ao subsídio nos últimos dois anos. A crise no transporte levou até mesmo a cidade do Rio de Janeiro, que historicamente nunca financiou o transporte municipal, a implementar um modelo de subsídio baseado em quilometragem que passou a funcionar neste mês.
Tendência nacional
Segundo o diretor administrativo e institucional da NTU, Marcos Bicalho dos Santos, disse ao jornal O Estado de S.Paulo, o subsídio para o transporte público é uma tendência nacional. “Qualquer reajuste no diesel precisa ser imediatamente computado nos custos. Dentro do modelo que nós temos hoje, na grande maioria das cidades, isso significa compensar na tarifa, o que vai trazer dificuldades para a população”, disse.