O Tocantins tem que transmitir segurança para que o empresário chegue no Estado e sinta firmeza na palavra das autoridades. Quem defende essa ideia é o secretário da Indústria, Comércio e Serviços, Ridoval Chiareloto, convidado do quadro “Entrevista a Distância”. Para ele, dinheiro para fazer investimento no Tocantins existe e o Estado tem o que oferecer: logística, boas terras, cerca de 10 milhões de consumidores numa circunferência de 1,2 mil quilômetros e um excelente pacote de subsídios fiscais.
“O Tocantins é um dos bons Estados para atrair o empresariado. Ele oferece todas as condições de atração de investimentos”, assegurou Chiareloto. Assim, para ele, é fundamental transmitir essa segurança ao empresariado de fora do Estado e do País de que eles terão no retorno dos investimentos. Se o Tocantins conseguir isso, o secretário garantiu não ter dúvida de que os empresários virão.
Agora, Chiareloto ressaltou que essa não é uma obrigação exclusiva dele e do governador Mauro Carlesse (DEM). “A responsabilidade não é só dos secretários e do governador, mas de todos os segmentos, todas as federações, todos os sindicatos, deputados e principalmente dos prefeitos”, defendeu.
Um dos males da gestão que precisam ser vencidos para atrair o investidor é a burocracia, receitou o secretário. Chiareloto afirmou que o empresário que quer investir tem pressa. Isso, disse ele, vale para a liberação de licença ambiental, de construção, uso do solo e para financiamentos das agências financeiras, como o Banco da Amazônia.
A receita é viajar
Para “vender” o Estado ao empresariado, Chiareloto afirmou que não há outro caminho que não seja viajar, e muito. “Temos que viajar para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que estão no fim do País, onde a logística é muito difícil”, avaliou.
Ele disse que o conhecimento que se tem do Tocantins lá fora ainda é pequeno, mas contou que o investidor fica impressionado com o potencial que o Estado tem. “Estamos no Portal da Amazônia, muito bem localizado para se fazer logística”, afirmou.
Mineração e usinas
Sobre os setores interessantes para o Tocantins alavancar, além das carnes e grãos, o secretário disse que o Estado tem muito a oferecer na área de mineração, diante da fartura da jazidas.
Chiareloto ainda aposta na atração de usinas de açúcar e álcool. Ele disse que quando assumiu a Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás, conseguiu levar 27 para o Estado vizinho.
No entanto, para a agroindústria, vista como a solução para que o Tocantins deixe de ser um mero corredor de matéria-prima, Chiareloto defende que o Estado precisa aumentar sua produção. O secretário deu alguns exemplos: na área de milho e soja, produzimos 4 milhões de toneladas contra quase 60 milhões para Mato Grosso e 22 milhões para Goiás. Temos 8 milhões de cabeça de gado, enquanto os goianos têm 22 milhões e os matogrossenses, 30 milhões. “Mas não somos nada diferentes de Goiás e Mato Grosso”, ressaltou, contudo, o secretário.
E, para aumentar a produção, Chiareloto dá a mesma receita: atrair investidores a partir da localização privilegiada do Tocantins e suas boas terras.
Assista a íntegra da participação do o secretário da Indústria, Comércio e Serviços, Ridoval Chiareloto, no quadro “Entrevista a Distância”: