Levantamento do economista e professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Waldecy Rodrigues, junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta pela primeira vez a evolução histórica trimestral de dados da Capital, como taxa de desemprego e rendimentos do trabalho. Em análise prévia, o docente destacou uma retomada do crescimento econômico de Palmas a partir de 2o17.
Waldecy Rodrigues explicou ao CT que estes dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE não tinham um recorte apenas para Palmas, já que os questionários eram aplicados apenas no Tocantins como um todo; o que teria mudado a partir deste ano, gerando pela primeira vez esta série. Para o professor, os números projetam melhoria na economia da Capital.
O entendimento do economista deve-se ao crescimento do rendimento do trabalho, que explica ser o índice referente a tudo que o trabalho formal e informal efetivamente é remunerado. Palmas saiu de 100 pontos no 2º trimestre de 2017 e chegou aos 110 no 3º trimestre de 2018, número mantido até o final do ano passado. É a melhor marca de Palmas desde que os dados começaram a ser levantados, em 2012.
Waldecy Rodrigues ainda faz uma ligação dos dados do rendimento com a queda da taxa do desemprego, visto que a época de melhora destes dados coincidem. Conforme o levantamento, o nível de desempregados na Capital caiu a partir de 2018, que iniciou com uma taxa de 16,8%, mas encerrou o 4º trimestre em 11,1%, abaixo da média brasileira de 12,8%. Apesar da redução, as taxas mais baixas de desemprego atingidas pela Capital foram em 2016, quando variaram entre 8,6% e 5,7%.
“Por muito tempo parece que a cidade ficou parada, mas a partir de 2017 começa a pegar uma pressão e em 2018 está passando por evolução econômica”, comentou Waldecy Rodrigues. Um ponto que necessita de análise mais aprofundada, segundo o professor, é o fato do desemprego estar caindo apesar de o “principal empregador”, o governo estadual, estar demitindo.
Waldecy Rodrigues foi cauteloso ao avaliar a evolução, mas demonstrou otimismo. “Os dados mostram que a cidade está tendo uma recuperação econômica desde 2017. Pode ter muitas razões [para o resultado] que precisam ser melhor investigadas. Mas o fato que tem que marcar é esta recuperação. Se isto está acontecendo quer dizer que há uma maior movimentação da economia. Dois fatores pode ajudar explicar isto, que é a evolução do setor privado e me parece que está tendo uma certa evolução do mercado informal”, se limitou a dizer o economista.
Confira abaixo as evoluções históricas da Capital de desemprego e de rendimento: