O empresário Giuliano Aires Vitorino nasceu em Dianópolis, mas viveu em Porto Nacional a partir de seus 3 anos. Hoje lidera um projeto estratégico para aumentar a eficiência do Brasil no mercado internacional: conseguir levar a produção nacional à China através do Canal do Panamá. Com isso, o Brasil economizaria cinco dias de navio, ganhando competitividade.
Vitorino luta por essa causa na presidência de duas câmaras: a de Investimentos e Comércio Brasil-Panamá e de Brasil-China. Nesse projeto, o Tocantins está numa posição estratégica: no Norte do Brasil, região que, junto com Nordeste e Centro-Oeste, produz 65% da soja e milho brasileiros.
“O maior destino da nossa soja é a China. Com a demanda crescente, existem dois lugares no mundo para a plantação de grãos, de soja e milho, crescer: Brasil e África”, explicou Vitorino.
Contudo, o presidente das Câmaras de Investimentos e Comércio lembrou que, na África, a instabilidade política é muito grande; e, no Brasil, as regiões Sul e Sudeste estão ocupadas e as terras são muito caras. “Então sobram as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Ou seja, além de representar hoje 65% da nossa produção de grãos, é aqui que vai crescer o agronegócio”, projetou o empresário.
Ele explicou que, além de garantir competitividade ao Brasil, o que também se quer é que essa margem de maior eficiência seja compartilhada com os produtores, o que nem sempre ocorre.
Com isso em mente, a Câmara Brasil-Panamá mediou um acordo de cooperação entre o Porto de Itaqui, no Maranhão, e o Canal do Panamá, o que também está sendo feito agora com a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), da mesma forma, com o apoio da entidade presidida por Vitorino.
Segundo ele, o objetivo é aproximar os dois países para se começar a ter uma troca de informações e, num futuro, se trabalhar a possibilidade de redução de tarifa para que os grãos do Brasil passam chegar à China pelo Panamá.
Brazilian Day com foco no Tocantins
Vitorino achou de chegar do Panamá Brazilian Day, realizado pela Câmara entre 30 de março e quinta-feira, 4, evento que contou com a participação de algumas das principais autoridades do comércio dos dois países. Empresários, prefeitos e deputados do Tocantins estiveram no evento.
Com o sucesso, a Câmara agora está fazendo uma parceria com a Federação do Comércio do Estado (Fecomércio-TO) e Sebrae Tocantins para realizar dos dias 17 a 19 de junho uma segunda edição do evento, mas com foco nos empresários do Tocantins.
Vitorino explicou que importações diretas da China precisam ser feitas em grandes quantidades, o que inviabiliza algumas operações. Mas o Panamá importa muito do mercado chinês e tem uma zona livre de comércio. “Ao importar da China e ser uma zona livre, possibilita que, ao invés de os pequenos e microempresários fazerem importação diretamente da China, façam diretamente do Panamá, a partir dessa zona livre a preços extremamente competitivos e em pequenas quantidades, e queremos mostrar para os empresários tocantinenses essas oportunidades”, explicou.
Assista a seguir a participação de Giuliano Aires Vitorino no quadro Entrevista a Distância: