O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Estado do Tocantins (Sindcam-TO), José Aparecido, anunciou à imprensa que a entidade não apoia a greve da categoria programada para se iniciar na segunda-feira, 1º. Para o Sindcam, uma greve neste momento só se justifica com o objetivo de convencer os governadores a reduzirem os impostos dos combustíveis nos Estados. “O interesse da categoria autônoma é manter a proposta que o governo federal fez aos governadores de redução dos impostos dos combustíveis nos Estados, gasolina, gás de cozinha, sobretudo o óleo diesel. Se isso ocorrer, segundo afirmou o presidente Jair Bolsonaro, a União vai zerar a alíquota federal dos combustíveis, e é isso que mais nos interessa”, defendeu Aparecido.
Sem risco de paralisação
O Sindcam é vinculado à Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), composta por outras diversas lideranças da categoria, que afastam qualquer risco de uma nova paralisação.
Alvejar governadores, não Bolsonaro
José Aparecido disse que o sindicato foi procurado por “um grupo de transportadores” para que se realize uma greve que tenha como alvo os governadores. Segundo o presidente, o sindicato se dispõe a apoiar e emitir documentos necessários para organizar a paralisação. “Mas no sentido de pressionar os governadores para reduzir as taxas dos combustíveis”, afirmou Aparecido, tirando Bolsonaro do foco.
Todos perdem
Na quarta-feira, 27, o presidente Bolsonaro fez um apelo para que os caminhoneiros não fazerem a greve, alegando que “todos vamos perder”. Apesar disso, no dia seguinte, um ofício enviado ao governo, o Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC) confirmou a greve caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas. Entre as demandas, uma aposentadoria especial para o setor, piso mínimo estabelecido para frete e fiscalização mais atuante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).