A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Palmas e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) divulgaram nesta quinta-feira, 4, que 387.986 dívidas foram registradas em maio apenas no Tocantins, aumento de 3,47% em relação ao mesmo período do ano anterior
DUAS DÍVIDAS POR INADIMPLENTE E MÉDIA R$ 3,8 MIL
Cada tocantinense inadimplente possui em média duas dívidas, totalizando aproximadamente R$ 3.836,17 por pessoa. O detalhamento dos dados ainda mostra que 34,91% dos negativados do Estado possuem dívidas de até R$ 500 e esse percentual aumenta para 49,62% quando consideradas dívidas de até R$ 1 mil.
TEMPO MÉDIO DE ATRASO
O levantamento ainda mostra que o tempo médio de atraso dos devedores é de 28,2 meses. Quanto a análise da inadimplência por gênero, a participação dos devedores por sexo segue equilibrada , sendo que os homens representam 50,47% do cadastro de inadimplentes e as mulheres, 49,53% .
BANCOS LIDERAM
Os tocantinenses de 30 a 39 anos são os que acumulam mais dívidas e representam 26,21% do cadastro de inadimplentes do SPC Brasil. Enquanto os idosos de 65 a 84 anos ocupam 10,22% da base de inadimplentes. No aspecto setorial, os bancos lideram com 47,36% do total de dívidas em maio. Em contrapartida, serviços básicos como água e luz possuem uma participação menor, com 11,63%.
INADIMPLÊNCIA ENCARECE O CRÉDITO
O presidente da CDL de Palmas, Silvan Portilho, afirma que os dados preocupam o comércio. “A economia retrai, as vendas se tornam mais difíceis e as pessoas perdem o crédito. Isso não só afeta apenas quem está com dívidas em atraso, como também encarece o crédito para aqueles que pagam em dia, pois o custo da inadimplência acaba sendo repassado para todos, tornando mais caro obter financiamentos e empréstimos. Então, na verdade, todos saem perdendo, pois quem está inadimplente enfrenta juros elevados e necessita negociar suas dívidas, e os adimplentes também sofrem, já que o custo do financiamento aumenta com o crescimento da inadimplência. É realmente uma situação complicada e os dados nos deixam muito preocupados”, avalia.