Prezado Cleber,
O diálogo, seja com divergência ou convergência de ideias, sempre será a melhor solução para as questões. Parece algo natural e elementar, porém é imperioso reafirmar isso nesses tempos tão pesados.
Chama muita atenção as informações publicadas por vossa coluna de que o Estado caminha para dobrar os gastos de custeio e ainda se aproxima do limite prudencial das despesas com pessoal.
Importante ressaltar que tudo isso acontece sem o governo cumprir a decisão do STF no âmbito da ADI 4013, que determina a incorporação dos 25% nos servidores do Quadro Geral. Aliás, o próprio governo anunciou com pompas em março de 2023 uma comissão para apresentarmos um calendário para pagar os nossos direitos, mas não apresentou nada até agora.
Muita frustração da parte daqueles servidores que mais esperam e que estão entre os menores salários da carreira do Estado. Em contrapartida, as despesas com pessoal aumentam, reflexo de outras medidas como a expansão de cargos comissionados, contratos, etc…
Em relação aos diversos outros pontos apresentados no seu bilhete, é ainda de mais chamar atenção. O Estado, há pouco tempo, inclusive nessa administração, comemorou a classificação positiva do Tesouro Nacional, uma conquista excelente obtida também graças ao trabalho árduo do servidor.
O próprio governador, de forma frequente, ressalta os índices positivos de aprovação popular, outra conquista que passa muito pelos servidores, afinal, ninguém faz nada sozinho. E, sim, os colegas servidores estaduais tiveram papel relevante em tudo isso.
No mais, caro Cleber, quero repetir que nós funcionários públicos estaduais de carreira, sobretudo do Quadro Geral, não podemos ser novamente vitimados pagando esse pato.
Já fomos atingidos com a Reforma da Previdência e aguardamos há mais de uma década nossos 25%. Está na hora!
Por fim, deixo meu grande abraço e reiterando a enorme admiração por vosso trabalho, tão importante para a sociedade tocantinense. Também deixo meus votos de solidariedade em relação à recente ameaça que recebestes por causa das justas cobranças em relação à ponte de Estreito.
Cordialmente,
Elizeu Oliveira
Presidente do Sisepe-TO