A inteligência artificial (IA) já está presente no cotidiano das pessoas sem que elas entendam de fato o que ela é e como funciona. Mas esse conhecimento é necessário para que as nossas decisões sejam mais informadas. Afinal, precisamos saber o que estamos consumindo de forma a garantir que a sua aplicação beneficie a sociedade.
A IA é um ramo da Ciência da Computação dedicado a desenvolver programas que simulam as habilidades humanas. Atualmente, a tecnologia já é capaz de realizar muitas tarefas que requerem a inteligência do ser humano.
Essas tarefas incluem raciocínio, aprendizado, percepção visual, reconhecimento de fala, tomada de decisões e tradução entre idiomas. Ela está presente na internet, nos jogos de videogame, nos streamings, no cinema e em aplicativos de chats.
A Inteligência Artificial proporciona ao homem mais rapidez em suas ações e eficiência na realização das mesmas. Ela está presente em todos aspectos da vida humana: Político, Financeiro, Religioso, Acadêmico, Cultural e Social.
Os benefícios são inúmeros, podemos alcançar resultados excelentes e plausíveis.
Mas quais são os desafios da Inteligência Artificial?
Um dos maiores desafios seja a substituição do humano pelo mecânico, ela ocupa o lugar do homem e vai aos poucos parecendo um “humano”, porque tem fala, tem inteligência e proatividade.
Outro desafio é a ausência do afeto, ela não tem calor das pessoas, a proximidade e o sentimento que manifestamos.
O que a Igreja pensa da Inteligência Artificial?
Igreja Católica não esconde sua preocupação com “as implicações éticas do desenvolvimento tecnológico.
A IA é uma oportunidade desde que seu uso esteja sujeito a uma “avaliação moral”, porque “a sombra do mal também se estende aqui”, afirma a nota publicada pelos Dicastérios para a Doutrina da Fé e para a Cultura e a Educação.
A inteligência artificial pode ser usada “para ajudar as nações a buscar a paz e garantir a segurança”, tem o potencial de “aumentar as competências e a produtividade” e apresenta “um enorme potencial em várias aplicações no campo médico”, lista o Vaticano.
No campo da educação, se usada “com prudência”, pode se tornar um “recurso valioso”, pois melhora o acesso à educação e pode oferecer suporte personalizado e “respostas imediatas”, observa.
“Implicações éticas”
No entanto, o Vaticano não esconde sua preocupação com “as implicações éticas do desenvolvimento tecnológico”.
Cita, por exemplo, o “uso bélico da inteligência artificial”, sobretudo de “sistemas de armas autônomas e letais”, que o papa exigiu que fossem proibidos na cúpula do G7 em junho de 2024, na Itália.
Em termos de emprego, as abordagens atuais à tecnologia podem “desqualificar os trabalhadores, submetê-los à vigilância automatizada e relegá-los a tarefas rígidas e repetitivas”, alerta.
Conclusão
Não podemos condenar a Inteligência Artificial, o mundo mudou, estamos vivendo novos tempos, mas não temos que esquecer o homem, toda e qualquer tecnologia deve está a serviço do próprio ser humano.
Ela é essencial para o progresso dos povos e das ciências, desde que seja usada com moderação e com os princípios éticos e morais ela se torna um bem para a humanidade. Finalizo com esse pensamento que me levou a aprofundar e escrever o presente artigo: “A Igreja não pode ser movida pela tecnologia, ela tem que usar a tecnologia, mas o que move a Igreja é a presença de Deus”.
PE. ELDINEI CARNEIRO
É natural de Santa Rosa do Tocantins, Mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Laeteranense (Academia Afonsiana – Roma), Mestrando em Direito Canônico pelo Instituto Superiores de Direito Canônico de Goiânia-GO, graduado em Filosofia, Teologia (Centro de Estudos Superiores Mater Dei de Palmas – TO/Seminário Divino Espírito Santo) e Direito (Unirg – Universidade de Gurupi- TO), Sacerdote da Diocese de Porto Nacional-TO, Pároco da Paróquia São José – Dianópolis – TO. É ainda membro da Academia Gurupiense de Letras (AGL). É assessor do Regional Norte 3 da CNBB (Campanhas e Comunicação).