O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) assumiu o comando do Estado há exato um ano, em 20 de outubro de 2021, com o afastamento do titular, Mauro Carlesse (Agir). Por conta das péssimas experiências anteriores, havia um enorme receio de que dois fatores fundamentais atrasassem ou interrompessem o lento processo de recuperação iniciado por Carlesse ainda em 2018. O primeiro era de uma instabilidade geral, caso o Estado entrasse em intrincadas brigas políticas; o segundo, de gastança desenfreada e concessões sem fim para assegurar a reeleição do novo governador, como, inclusive, ocorreu em 2009/2010 e 2014.
A preocupação com disputas políticas que pudessem gerar um efeito danoso que contaminasse a economia se tornou maior quando Wanderlei chamou os deputados estaduais e deflagrou o processo de impeachment de Carlesse. Olhando em retrospecto, na verdade, a medida foi acertada. De um lado, acelerou a recomposição da base legislativa em torno do governo; e, de outro, encurtou a crise política com a tramitação acelerada que levou o ex-governador a precipitar o fim do processo com a renúncia.
Com a base legislativa consolidada e efetivado no comando do Palácio, Wanderlei pôde ter a tranquilidade para administrar e deu segurança política e jurídica ao Estado. Habilidoso, o governador impediu que um doloroso debate político se arrastasse por muito tempo, atrapalhando sua gestão e, claro, também a construção de sua candidatura à reeleição.
No aspecto da administração, Wanderlei aprofundou o ajuste das contas e conseguiu fazer com que o Estado fechasse o primeiro quadrimestre com apenas 39,14% de comprometimento da Receita Corrente Líquida com folha – o melhor resultado desde o início dos anos 2000 –, índice abaixo dos 41,39% dos últimos quatro meses de 2021, que já havia sido um desempenho excepcional.
Com esse bom resultado, veio em setembro a excelente notícia da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), confirmando a elevação da nota do Tocantins de “C” para “B”. Já quase no dia da eleição, no final de setembro, foi divulgado o índice do segundo quadrimestre, que ficou um pouco superior, 42,05%, contudo, mas muito abaixo dos 44,1% do limite de alerta.
Dessa forma, o governador Wanderlei tem o que comemorar nesses 12 meses de gestão, e vai iniciar um segundo mandato com o Tocantins numa situação muito melhor do que encontrou como vice de Carlesse em março de 2018, quando o comprometimento da Receita Corrente Líquida com folha estava em incríveis 58%.
O importante é que, sem rifar a saúde fiscal do Estado, o governador conseguiu a reeleição com facilidade, e ainda obtendo a maior votação da história.
Agora é manter a máquina nesse trilho de ajuste, que precisa ser aprofundado, e planejar o Tocantins para as próximas décadas.
São novos desafios colocados, mas com o Estado num patamar bem mais elevado.
Vitória de Wanderlei e de todos nós.
CT, Palmas, 20 de outubro de 2022.