Deixa eu repetir o que afirmei em minhas redes sociais e não quero de forma nenhuma que não compreendam minha posição nestas eleições: nesta semana não sou jornalista, mas estou militante político de um projeto maior para o Brasil, que é derrotar o “inominável homem das trevas” e garantir a maior vitória da democracia brasileira. Sempre fui claro e transparente com meus leitores, por isso, saiba que não quero enganá-lo. Se vão gostar ou não da minha postura, deixar ou não de me ler, pouco me importa. Meu ambiente de negócio é a democracia, e ela está em risco com este candidato a autocrata. Por isso, vou em defesa dela, e só saio desta trincheira e volto à rotina na segunda-feira, 1º, com minha posição ganhando ou perdendo. Mas não posso e não vou me calar.
Neste final de semana, os defensores do protótipo de fascista vão fazer uma carreata e prometem que será a maior da história de Palmas. Não tenho a menor dúvida de que conseguirão, com seu desfile de Hillux, Ranger, Land Rover, Ferrari, Mercedes, BMW, etc. Claro, terá o Gol bolinha de seus funcionários, para fazer volume e dar um certo ar de inclusão social. Mas guardem isso: indo votar de Fusca e ônibus, o povo pobre deste Estado vai dar uma tremenda taca nesses poderosos.
Os defensores da democracia na Capital organizam uma carreata para sexta-feira, 28, a partir das 16 horas, com saída do BIG da 403 Norte. Lamento dizer, mas não conseguirão 1% do movimento dos ricos. Porque ou pobre não tem carro, ou, quando tem, não pode gastar com combustível para ficar rodando a cidade, como os abastados. Inclusive, bom que se diga, não colocam adesivos em defesa da democracia por medo de os ricos tirarem-lhe o emprego ou destruírem seu carro, porque são perseguidores, ignorantes e agressivos, como o psicopata que defendem para presidente.
Agora, o voto da população carente se equivale ao dos privilegiados, conforme a máxima da democracia: um homem, um voto. A despeito da vontade dos ricos e poderosos, que, com a subserviência de alguns prefeitos, desejam que o Brasil volte ao século 19, quando só os senhores do café, do leite e do cacau e os bem nascidos das cidades tinham direito de ir às urnas. Isso fica claro quando vemos a pressão que fazem sobre esses prefeitos vassalos para que não se concedam transporte gratuito para a população carente exercer seu legítimo direito de escolher seu presidente.
Porque sabem que o pobre não votará no “inominável homem das trevas”, um fascista elitista. Os ricos não têm dúvida de que precisam impedir que a população explorada vá às urnas. Mas tenho uma péssima notícia: a pobre gente tocantina vai votar, sim, e os ricos e poderosos são fragorosamente derrotados, como, inclusive, já foram no primeiro turno, quando também fizeram seu convescote de Hillux, Ranger, Land Rover, Ferrari, Mercedes, BMW, etc., todos os carrões devidamente decorados com a bandeira do Brasil, um disputando com o outro quem gastou mais e quem fez a plotagem mais linda, com dondocas exibindo “looks” caríssimos.
Mas não serão só os ricos que serão derrotados pelos pobres, mas todos os eleitos e reeleitos no dia 2, que os traíram para ficar do lado de quem contribui fartamente com suas campanhas. Ignoraram o resultado das urnas, que deixaram claro que o povo rejeita o fascismo e quer viver numa democracia com justiça social; que não quer um país armado, mas amado; que não quer esse patriotismo hipócrita da boca para fora, mas ações práticas de melhoria de qualidade de sua vida.
A derrota dos ricos e poderosos já foi antevista na noite dessa terça-feira, 25, em Palmas, em que juntaram de governador a senador, passando por deputados e prefeitos arrastados pela força para uma ode ao fascismo, mas foi um fiasco. Sem povo, falaram para uma praça vazia. E nem teria como, porque nosso povo é sábio e não concorda com as alucinações dessa gente importante, que defende a reeleição de um presidente desqualificado que oferece:
– Cortar direitos dos servidores públicos, como à estabilidade;
– Desvincular salário mínimo da inflação;
– Retirar do Imposto de Renda a dedução de gasto com saúde e ensino (claro, quando a maldade é descoberta, correm a público para tentar desmentir);
– Continuar com a política ambiental predatória que está destruindo a Amazônia para favorecer o mau produtor rural e criminosos;
– Continuar enxovalhando a imagem do Brasil no exterior: esse desqualificado energúmeno que está na Presidência nos tornou párias internacionais;
– Manter a educação nas páginas policiais, com pastores corruptos e seres esdrúxulos no comando – nossa senadora eleita dia 2 está quase se oferecendo para ser ministra, mas não vai, não, porque vamos derrotar o projeto fascista que ela defende;
– Continuar com desestruturação da ciência e da cultura – o “inominável homem das trevas” lembra o personagem da peça de Bertolt Brecht que diz que toda a vez que ouve a palavra “cultura” saca a pistola;
– Continuar com a exclusão e agressões a mulheres (“inominável homem das trevas” é irremediavelmente um misógino), homossexuais (é também homofóbico), negros, religões afro-brasileiras; e com o total desaparelhamento da rede de proteção do Estado ao elo mais frágil da sociedade, os mais carentes.
– Aprofundar a crise econômica – passadas as eleições, viria muita instabilidade pela frente se esse psicopata fosse reeleito, o que não vai ocorrer.
Esse é o cardápio do que o nefascismo brasileiro oferece à população brasileira. Mas não tenho a menor dúvida de sua derrota no domingo, 30. Vão espernear, ameaçar dar golpe e essas coisas de débeis mentais que já nos acostumamos a ver, mas vão perder. Podem apostar.
Daremos o aviso prévio ao beócio que está na Presidência, a democracia vencerá e Luiz Inácio voltará a ser chamado de presidente Lula. Inclusive por eles.
CT, Palmas, 26 de outubro de 2022.