O prefeito reeleito de Bandeirantes do Tocantins, Zé Mário (Progressistas), está sendo alvo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) por abuso de poder político e econômico do Ministério Público (MPE). O gestor é acusado de se utilizar de servidores públicos militares e civis em indício de efetiva formação de milícia, que teria sido utilizada para influir no voto dos eleitores, atrapalhar os trabalhos eleitorais, ameaçar e constranger integrantes da coligação adversária.
Militares da ativa e servidor do Itertins
A Aije afirma que a coligação “Bandeirantes Não Pode Parar” contratou empresa de segurança pública de um militar da reserva que teria contado com suporte de dois policiais da ativa com lotação a 500 quilômetros do município, além de um servidor do Instituto de Terras do Tocantins (Itertins). O grupo atuava intimidando eleitores e candidatos da chapa adversária.
Recomendação ministerial ignorada
Conforme a ação, o prefeito Zé Mário chegou a consultar o Ministério Público sobre a legalidade da contratação de pessoas para “fiscalizar a compra de votos”, ao que lhe foi esclarecido que a segurança do pleito cabe a Polícia Federal com o auxílio das demais forças do Estado. “Jamais uma força particular, que poderia caracterizar crime de formação de milícia. Ocorre que a coligação encampada pelo atual gestor fez ouvidos moucos à recomendação ministerial”, relata a Aije dos promotores Caleb Melo, Isabelle Rocha e Paulo Sérgio.
A Coluna do CT solicitou notas da Prefeitura de Bandeirantes do Tocantins e da Polícia Militar, mas ainda não obteve retorno.