A Associação de Assistência Jurídica dos Servidores Públicos (Ajusp) voltou a repudiar a postura do Palácio Araguaia neste segundo turno da eleição da Capital. Depois de denunciar assédio eleitoral ao funcionalismo – o que foi negado pelo Estado – , a entidade agora dispara contra a promessa de estender o Plano de Assistência à Saúde (Servir) aos servidores de Palmas. A proposta é da campanha da deputada estadual Janad Valcari (PL), que afirmou contar com a garantia direta do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). “Uso para fins eleitoreiros”, condena.
NADA CONTRA O SERVIDOR DE PALMAS, MAS SITUAÇÃO DO SERVIR ESTÁ LONGE DA IDEAL
A entidade deixa claro na nota que não se trata de uma rivalidade com os servidores municipais, mas sim uma reflexão quanto à própria situação do plano, que recentemente foi questionado por atrasos de mais de 120 nos pagamentos aos prestadores. “A Ajusp reitera que não vê com bons olhos a proposta anunciada, justamente neste momento em que o Estado está com pagamentos atrasados e inúmeras reclamações por parte do atual rol de beneficiados. O governador Wanderlei Barbosa e sua equipe deveriam trabalhar para corrigir os problemas atuais”, argumenta. A associação argumenta que a situação faz com que clínicas e médicos deixem de atender pelo Servir.
OBSERVE SE PROPOSTAS SÃO EXEQUÍVEIS OU FRUTO DE OPORTUNISMO
Diante do caso, a Ajusp volta a pedir conscientização do funcionalismo no dia da eleição. “Por último, recordamos que no próximo domingo, mais de 30 mil servidores públicos irão às urnas em Palmas, para o segundo turno das eleições da Capital. Pedimos aos colegas que votem de forma consciente e observem se as propostas apresentadas são exequíveis ou apenas fruto de oportunismo eleitoral e da busca pelo poder”, alfineta.
Leia a íntegra da manifestação:
“A Associação de Assistência Jurídica aos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (AJUSP-TO) vem a público criticar e repudiar a tentativa do Governador Wanderlei Barbosa de usar o Plano de Saúde dos Servidores Públicos, o SERVIR (antigo Plansaúde), para fins eleitoreiros. Chegou até nós a informação de que foi anunciada, durante a propaganda político partidária da candidatada apoiada pelo Governador em Palmas, a intenção de estender o Plano de Saúde SERVIR aos servidores públicos municipais.
A crítica feita pela AJUSP-TO não tem nada a ver com os servidores do município. O que fazemos é um alerta e ponderamos que o atendimento do SERVIR já é bastante complicado para os servidores públicos que fazem parte do atual rol de beneficiados. Inclusive, no dia 17 desse mês, há menos de uma semana, a AJUSP-TO protocolou no Palácio Araguaia, uma cobrança solicitando ao Governador urgência no pagamento dos repasses atrasados às clínicas e demais prestadores de serviço do Plano. De acordo com informações do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Tocantins (SINDESTO), há um atraso superior a 120 dias. Na prática, isso significa que os hospitais, clínicas, médicos e demais prestadores de serviço, estão atendendo os servidores públicos, sem receber nenhum pagamento, há mais de 4 meses. Qual trabalhador gostaria de viver algo assim?
Por fim, a AJUSP-TO reitera que não vê com bons olhos a proposta anunciada pelo Governador, justamente neste momento, em que o Estado está com pagamentos atrasados e inúmeras reclamações por parte do atual rol de beneficiados do SERVIR. No entendimento da AJUSP-TO, o Governador Wanderlei Barbosa e sua equipe deveriam trabalhar para corrigir os problemas atuais e o principal deles é o correto repasse dos pagamentos aos prestadores de serviço. Os constantes atrasos têm feito, por exemplo, com que muitos médicos, clínicas e hospitais, não queiram mais atender pelo SERVIR, optando assim pelo descredenciamento, o que prejudica diretamente os servidores públicos. Por último, recordamos que no próximo domingo, mais de 30 mil servidores públicos irão às urnas em Palmas, para o segundo turno das eleições da Capital. Pedimos aos colegas que votem de forma consciente e observem se as propostas apresentadas são exequíveis ou apenas fruto de oportunismo eleitoral e da busca pelo poder.”
Veja a propaganda questionada: