Aliado de Mauro Carlesse (PSL), o prefeito de Axixá do Tocantins, Auri-Wulange Ribeiro (PSL), não poupou críticas aos deputados estaduais após a Coluna do CT repercutir uma movimentação pelo impeachment do governador afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (PSL). O social liberal alegou estar “decepcionado” com a postura dos parlamentares e argumenta que o atual cenário deveria ser observado com “bastante cautela”, visto que a situação pode ser alterada a qualquer momento.
Proveito de uma situação que pode ser transitória para tirar vantagens imediatas
Auri-Wulange enxerga traição de alguns parlamentares ao parafrasear Leonel Brizola: “A política ama a traição e odeia o traidor”. “A minha decepção é no sentido de ver companheiros do governador afastado Mauro Carlesse fazendo uma espécie de motim, com aspecto de golpe, aproveitando de uma situação que pode ser transitória para poder tirar vantagens imediatas da estrutura do governo. Nos causa uma tristeza profunda, uma decepção imensa”, lamenta.
Vendem a alma para permanecer no governo
O prefeito de Axixá do Tocantins segue com as críticas e sugere que articulação são daqueles que nunca deixam o Palácio Araguaia, independente de quem estiver no comando. “De forma precipitada tentam tirar o governador em definitivo do mandato através de impeachment. Vemos pessoas conhecidas da política do Estado, figurinhas carimbadas, pessoas que nunca deixaram de ser governo. Muda-se o governo e eles vendem a alma para permanecer”, disse.
Boa parte dos deputados estariam atrás das grades sem ajuda de Carlesse
Auri-Wulange reforça a falta de gratidão de alguns parlamentares, sem citar nomes. “A gente que acompanhou desde a campanha até todo este desenrolar, vê que são pessoas que foram ajudadas desde a campanha. Sem a ajuda do governador não teriam ganhado sequer a eleição”, disse o prefeito, que foi além. “Se também não tivessem tido a ajuda de Carlesse, uma boa parte destes que tentam tirar ele, estariam atrás das grades, porque o governador comprou uma briga que não era dele, que era de alguns deputados”, emendou o político, sem especificar.
Aqueles que antes abraçavam, agora articulam derrubada de forma traiçoeira e sorrateira
Na avaliação de Auri Wulange, o deputado estadual Júnior Geo (Pros) é o único que teria “legitimidade” para discutir um impedimento de Mauro Carlesse (PSL), porque “é e sempre foi oposição”. “Todos os demais estavam há poucos dias no Palácio Araguaia aliado e alinhado [com Mauro Carlesse] e declaravam aos quatro cantos os apoios incondicionais”, disse. O político completou. “Alguns estão manchando a história do Parlamento. De forma traiçoeira e sorrateira, aqueles que abraçavam o governador, o bajulava 24 horas e que foram ajudados de todas as formas e maneiras, hoje, covardemente, tenta articular sua derrubada. A má intenção, a forma covarde com que vem agindo, nos causa repugnância, nos envergonha como político que somos. Nós fazem repensar nosso futuro político”, encerrou.