Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de incluí-lo na investigação do inquérito das fake news, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ameaçou usar de um “antídoto” que “não está dentro das quatro linhas da Constituição”. “O ministro Alexandre de Moraes abriu um inquérito de mentira, me acusando de mentiroso. É uma acusação gravíssima. Ainda mais num inquérito sem qualquer embasamento jurídico. Não pode começar por ele. Ele abre, apura e pune? Sem comentários. Isso está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está. Então o antídoto não está dentro das quatro linhas da Constituição. Ninguém é mais macho que ninguém”, disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan.
Notícia-crime
Moraes incluiu Bolsonaro entre os investigados pelo inquérito da fake news após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, ter enviado ao STF uma notícia-crime contra o presidente da República por declarações em sua tradicional live, na semana passada.
Precipitada
Para Bolsonaro, a investigação é precipitada. “Um presidente da República pode ser investigado? Pode. Num inquérito que comece no Ministério Público e não diretamente de alguém interessado. Esse alguém vai abrir o inquérito, como abriu? Vai começar a catar provas e essa mesma pessoa vai julgar? Olha, eu jogo dentro das quatro linhas da Constituição. E jogo, se preciso for, com as armas do outro lado. Nós queremos paz, queremos tranquilidade. O que estamos fazendo aqui é fazer com que tenhamos eleições tranquilas ano que vem “, afirmou.