Depois de um ano extremamente puxado, de duas eleições em três turnos, tiro um recesso de quinta-feira, 20, ao dia 7 de janeiro. O CT continuará em muito boas mãos, e manterá todo mundo atualizado sobre as movimentações políticas deste final de ano. E teremos muitas notícias: novo secretariado, posse do governador Mauro Carlesse (PHS) e do vice Wanderlei Barbosa (PHS), e o prometido pacote de ajustes para tentar fazer o Estado superar este difícil momento de crise fiscal.
[bs-quote quote=”O Espírito Santo tem a melhor posição entre todos os Estados na classificação de risco da sua dívida, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. Além disso, ficou em primeiro lugar na avaliação do ensino médio feita pelo MEC” style=”default” align=”right” author_name=”CLEBER TOLEDO” author_job=”É jornalista e editor do CT” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2018/02/CTAdemir60.jpg”][/bs-quote]
Para meu recesso levarei até o Paraná dois livros na mala, ou melhor, no tablet. Um deles já comecei a ler, Brasil, uma Biografia, de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling, maravilhosa história de um país incrível que é este nosso. O outro comprei nesse domingo, 16, depois de ler o artigo do economista Samuel Pêssoa, na Folha de S.Paulo: Espírito Santo – Como o governo capixaba enfrentou a crise, reconquistou o equilíbrio fiscal e inovou em políticas sociais, lançado na quinta-feira, 13, pelo governador daquele Estado, Paulo Hartung (PSB).
O livro — ou, pelo menos, o artigo — é leitura obrigatória para o governador Mauro Carlesse e todos os seus colegas eleitos em outubro. Hartung assumiu o Espírito Santo em 2015 em situação fiscal nada diferente do Tocantins e de outros Estados.
O economista Samuel Pêssoa lembra em seu artigo que o governador capixaba avisou a população na campanha eleitoral que tempos difíceis viriam. E vieram. Antes mesmo de sua posse, o governador eleito negociou com a Assembleia a redução do Orçamento de 2015, já que o Estado enfrenta o mesmo absurdo que o Tocantins, repassar o duodécimo para Poderes e órgãos sobre o orçado e não sobre arrecadado.
Enfrentou uma greve terrível da Polícia Militar, o desastre ecológico da Samarco, que impactou a receita do Espírito Santo; e ainda houve a maior seca dos últimos 80 anos, que atingiu a produção de café do Estado. Tudo isso agravou mais do que o esperado as contas públicas capixabas, já arrasadas pelas péssimas administrações de anos anteriores.
Contudo, todo o esforço fiscal empreendido para superar essa série de problemas compensou. Pêssoa lembrou em seu artigo no Folha que o Espírito Santo tem hoje a melhor posição entre todos os Estados na classificação de risco da sua dívida, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. Além disso, ficou em primeiro lugar na avaliação do ensino médio feita pelo MEC.
O que Hartung tem a nos ensinar e, sobretudo, aos eleitos em outubro que se deparam ou vão se deparar com os mesmos desafios que ele há quatro anos? Para saber disso que é tão imprescindível a leitura de Espírito Santo – Como o governo capixaba enfrentou a crise, reconquistou o equilíbrio fiscal e inovou em políticas sociais.
Já estou com o meu exemplar no meu tablet, e vou me deliciar com sua leitura nesses dias de descanso merecido, depois de um ano totalmente hard, como foi 2018.
CT, Palmas, 17 de dezembro de 2018.