O vereador Lúcio Campelo (PR) subiu à Tribuna da Câmara logo após Rogério Freitas (MDB) para seguir com as críticas ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto de Previdência Social de Palmas (PreviPalmas), Júnior Geo (Pros). O republicano manteve o tom duro e criticou a “falta de habilidade política” do colega de Parlamento e disse que o ex-prefeito Carlos Amastha (PSB), convocado como testemunha, fez a Casa de Leis de “palhaça” com a “conivência” da presidência da CPI.
A crítica ainda se deve à decisão de Júnior Geo de impedir vereadores que não são membros da comissão de usar a palavra durante a oitiva das testemunhas. “Infelizmente houve alguns percalços por falta de habilidade política do professor como presidente da comissão. Sequer ouviu sugestões, sequer quis deliberar internamente dentro da comissão para evitar os constrangimentos que ocorreram”, disse Campelo, lamento a decisão da presidência de não levar a questão ao colegiado.
O republicano garantiu que respeitaria se a restrição tivesse sido uma posição de toda a comissão, o que afirma não ter sido o caso. “A decisão foi unilateral”, disse. Lúcio Campelo falou ainda que Júnior Geo descumpriu o Regimento Interno ao não consultar os demais membros da CPI do PreviPalmas sobre a possibilidade de abrir a participação a todos os vereadores.
“Não respeitou os membros da comissão do qual é presidente, e quer ter o respeito dos demais pares da Casa? Infelizmente, Júnior Geo, vossa excelência errou e precisa assumir que errou. A decisão foi tomada, foi respeitada. Aqueles que não entenderam foram embora Por quê? Porque entendeu que vossa excelência naquele momento de dar demonstração de grandeza, não deu. Tomou atitude alterada”, avaliou o parlamentar.
Em certo momento, Campelo indicou que amenizaria o discurso ao dizer ter “carinho e respeito” por Júnior Geo, mas acabou por engrossar as críticas. “Quando vai para o cursinho dar uma de puritano dizendo que é honesto, está sendo corrupto. Quando está lá dando aula, está recebendo da Câmara por aquilo que não fez porque não está presente. O comportamento é reto ou é curvo”, disse o vereador.
O republicano até pôs em dúvida os motivos que levaram Júnior Geo ao restringir o uso da palavra dos pares. “Fez o entendimento dúbio para atender interesses dele, talvez vendido por interesse escusos para que ninguém fizesse confronto ao ex-prefeito. Ele tirou a condição de fazer o enfrentamento preparado tecnicamente. Pode até não ter feito, mas não consegue tirar da minha cabeça a dúvida de que estava a serviço de quem veio aqui depor. Este tipo de comportamento não perdoo”, acrescentou.
Por fim, Campelo lembrou ter sido o primeiro a assinar o pedido de abertura para comissão e voltou a criticar a condução da presidência da CPI do PreviPalmas. “O ex-prefeito veio aqui e fez da Câmara – porque Júnior Geo foi conivente com isso – de palhaça”, disse ainda.