A Câmara de Palmas aprovou em sessão extraordinária na manhã desta quinta-feira, 13, a tão debatida Medida Provisória que centraliza a gestão da merenda escolar na Secretaria de Educação (Semed). Um total de 17 vereadores foram favoráveis ao texto, enquanto Thamires Lima (PT) e Carlos Amastha (PSB) votaram contra. A pedido de Folha Filho (PSDB), a votação foi nominal. Balaio (Avante), Débora Guedes (Podemos), Vinicíus Pires (Republicanos) e Rubens Uchôa (UB) foram as ausências.
FALTA DE COMPROMISSO DA GESTÃO
Para dar os votos contrários, Amastha e Thamires criticaram um atraso no pagamento dos produtores locais. “Absolutamente contra. A gente tinha compromisso da gestão de pagar os produtores, de fazer as compras da merenda escolar diretamente com eles”, disse o socialista. “Quero que fique registrado em ata o meu voto contrário porque sou à favor da autonomia das escolas e também do comprometimento da palavra com os pequenos produtores”, emendou a petista.
RESSALVAS ATÉ DE QUEM FOI A FAVOR
A crítica foi feita até por quem foi favorável à proposta do Paço. “Em momento algum este voto [significa que] estarei contra os produtores rurais, mas a favor do bem maior que é nossos alunos. Depois de uma avaliação em campo como parlamentar, entendi que a centralização gerou resultado. Embora faço esta ressalva, vamos acertar as pendências com os produtores. Não concordo que fique débitos”, disse Dian Carlos (SD). O presidente da Casa, Marilon Barbosa (Republicanos), Thiago Borges (PL) e Wilton do Zé Branquim (Progressistas) fizeram a mesma observação.
LÍDER DO GOVERNO SE DISPÕE A ARTICULAR
Líder do governo, Walter Viana (PRD) se colocou à disposição para articular uma cobrança conjunta junto às Secretarias das Finanças, da Educação e o próprio gabinete do prefeito, para buscar a regularização do pagamento aos produtores rurais.
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Confira a votação:











