O presidente regional do MDB, Derval de Paiva, confirmou que o partido vai s reunir na manhã de quarta-feira, 22, como adiantou o CT, para discutir o processo eleitoral e que o episódio de Sítio Novo será um dos temas. Na noite de sábado, 18, o candidato a governador do PSB, Carlos Amastha, ao qual o MDB se aliou, se recusou a subir ao palanque do comício do candidato a deputado estadual Jair Farias (MDB) por causa dos dois dos principais líderes da legenda, o ex-governador Marcelo Miranda e a ex-primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda. “Está impossível, está impossível”, repetiu Derval. “A cada semana tem um fato novo e desgastante.”
O emedebista disse que quer neste momento ouvir o que os membros do partido pensam a respeito dessa relação com Amastha para só depois emitir opinião sobre os rumos que o MDB deve tomar. “Se houver um raciocínio lógico e óbvio, tudo bem, senão pode haver uma revoada”, avisou.
OPINIÃO
— BOM DIA – Amastha ainda não entendeu o básico: ele fala e gesticula para os líderes
Derval avaliou que essa “revoada” da campanha de Amastha pode não ser a solução desejada nem representar o melhor caminho. “Mas agora estamos ficando sem alternativa mesmo. Essa é a minha visão pessoal. Vamos ver o que o conjunto da obra fala”, disse.
Para o presidente do MDB, tanto Marcelo e Dulce, quanto Jair Farias e próprio partido foram diretamente atingidos pelo gesto de Amastha no sábado. “Acho que é tudo dentro de um só contexto. Quer dizer, é o desrespeito, é o desapreço, é a deseducação”, lamentou.
Derval lembrou que o Estado já viveu “divergências mais profundas e até ásperas”, mas avaliou que “nesta situação é a primeira vez”. “Claro que o processo político gera dificuldades, mas do porte, do tamanho e da continuidade dessa aí, eu nunca vi nada igual. É preciso botar um fim nisso”, defendeu o presidente do MDB.
Relação tumultuada
A relação de Amastha com o partido e com o ex-governador Marcelo Miranda sempre foi tumultuada. O ex-prefeito de Palmas, quando no mandato, fazia crítica constantes e ácidas ao governo do Estado, também já atacou o próprio Derval, que no início do ano movimentava um grupo pluripartidário para enfrentar Amastha. Era chamado por ele de “grupo do bom senso”, numa resposta crítica aos frequentes desabafos do ex-prefeito nas redes sociais.
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