Após pouco mais de um dia fora do ar após decisão da Justiça do Tocantins, o Diário do Centro do Mundo (DCM) voltou a operar no início da tarde desta quinta-feira, 8, e em editorial condenou a censura da qual foi alvo. O site do veículo foi derrubado por determinação da juíza Edssandra Barbosa da Silva Lourenço, da 4ª Vara Cível de Palmas, que acatou um pedido da deputada estadual Janad Valcari (PL). O DCM repercutiu um faturamento de R$ 23 milhões dos Barões da Pisadinha em contratos com prefeituras desde maio de 2022. A parlamentar era sócia majoritária da banda.
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VITÓRIA PARA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DEMOCRACIA NO PAÍS
No editorial, o DCM defende que o retorno do site não é apenas uma vitória para a equipe, mas para “liberdade de expressão e a democracia no País”. “Enfrentar a censura por trazer à tona fatos relevantes nos lembrou da importância do jornalismo investigativo e do papel que ele desempenha na sociedade. Nesse contexto, o retorno do Diário do Centro do Mundo representa uma reafirmação do nosso compromisso com a verdade e a transparência. Acreditamos que a informação é um direito fundamental e que o cidadão tem o direito de conhecer os fatos que impactam sua vida e seu bem-estar.
SEM TRÉGUA
O DCM afirma que o episódio é um “lembrete” de que ainda é necessário lutar pela liberdade de expressão, apesar dos avanços. Neste contexto, o veículo encerra com a garantia de que não irá abandonar a pauta relacionada à Janad Valcari e que irá acompanhar os posicionamentos da magistrada que determinou a censura. “Seguiremos investigando sem trégua as ações tanto da juíza quanto da deputada”, garantiu.