Em conversa com a imprensa no fim da manhã desta segunda-feira, 14, logo após a solenidade de entrega de máquinas a municípios tocantinenses pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o senador Eduardo Gomes (MDB) minimizou o anúncio de voto a uma futura candidatura de Ronaldo Dimas (Podemos) a governador. Conforme o próprio emedebista, a declaração foi no sentido de “continuar trabalhando” no Congresso Nacional.
Uma fala sobre a permanência no Senado
Eduardo Gomes não esconde a boa relação histórica que tem com o ex-prefeito de Araguaína, mas pondera que o momento ainda é de articulação. “Está todo mundo em pré-campanha. A legislação estabelece os prazos para fazer cada passo. O meu entendimento com o Ronaldo Dimas vem de uma amizade de 40 anos e saber exatamente a capacidade que tem de fazer determinadas transformações que o Estado precisa. No momento adequado, vamos nos manifestar. Ontem foi apenas uma declaração sobre o fato de continuar no Senado trabalhando, foi neste sentido”, explicou.
Não haverá mudanças bruscas
O senador não quis dar pistas sobre o futuro partidário. “O que as pessoas não precisam se preocupar comigo e com mudanças bruscas e movimentos que nunca fiz na minha vida. Não vou fazer”, disse Eduardo Gomes em tom enigmático. O parlamentar afirma que tem conversado sobre o assunto com prefeitos e líderes políticos da base, além dos membros do próprio Movimento Democrático Brasileiro, citando o ex-governador Marcelo Miranda e a deputada federal Dulce Miranda. O líder do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ventilado no Partido Liberal e partiu dele a indicação de Nilmar Ruiz para presidir a sigla no Estado.
Composição
Eduardo Gomes manteve cautela ao falar sobre a formação de um grupo de oposição, citando Ronaldo Dimas, os deputados federais Osires Damaso (PSC), que é pré-candidato ao Palácio Araguaia, Dorinha Seabra (UB), que busca uma vaga no Senado, e Marcelo Miranda. “Vamos começar a nos reunir no momento adequado, depois deste período de filiações, para discutir projetos, muito mais do que nomes”, disse. Questionado sobre as poucas vagas para abraçar todo mundo, o emedebista respondeu: “Tem experiência suficiente para todo mundo conversar e chegar a um entendimento sem problema nenhum”. “Temos até a convenção para ajustar, conversar, montar projeto. É uma construção muito mais modesta, menos barulhenta, mas acho que vai chegar a um bom tempo”, encerrou.