A indefinição sobre o nome do Pros que vai disputar a Prefeitura de Gurupi já gerou uma crise na legenda. O ex-presidente da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) Edinho Fernandes não foi ao encontro municipal do partido na sexta-feira, 7, e disse à Coluna do CT que deve pedir sua desfiliação sem prejuízo à sua suplência de deputado estadual.
Insiste em “outro nome”
Edinho reforçou que quer ser candidato a prefeito. “Porém, a liderança do partido na cidade insiste em um outro nome para ser candidata, ainda que esse nome venha afirmando veementemente que não será candidata”, uma referência ao presidente municipal, vereador Zezinho da Lafiche, também pré-candidato, e à ex-deputada federal Josi Nunes, o nome natural do Pros para disputar a prefeitura.
De olho em 2022
Ao portal Atitude, Josi reafirmou no final de semana que não está em seus planos disputar as eleições deste ano, mas avisou que está de olho em 2022. A ex-deputada garantiu que neste momento não há nenhuma possibilidade de ela sair candidata a prefeita, já que está focada na carreira docente na UnirG, investindo em cursos de aperfeiçoamento profissional em psicologia.
Não dá para esperar
Edinho disse à Coluna do CT que não pode “ficar na dependência da espera”. “Eu já havia manifestado à direção estadual do partido o meu desejo de desfiliação sem prejuízos na suplência de deputado para que eu possa ter liberdade para trabalhar essa pré-candidatura”, afirmou.
Filiações suspensas
Segundo ele, foi o motivo de não ter ido ao encontro do Pros na sexta-feira. “Por isso, optei por não ir, e suspendi as mais de 50 filiações que faríamos durante o evento, algumas delas de pré-candidatos a vereador, e boa parte de dissidentes do MDB, pessoas que me acompanham desde o período que estive à frente do partido”, contou.
Aguarda o Aliança de Bolsonaro
Uma das possibilidades para Edinho sair com segurança jurídica é a criação do Aliança para o Brasil, do presidente Jair Bolsonaro, até o prazo final de filiação, no início de abril. “Pois eu poderia migrar para ele sem perder o direito da possibilidade de vir a assumir o mandato de deputado”, conjectura.
Anuência
A outra possibilidade, aponta o ex-presidente da ATS, é a saída com anuência do partido e do segundo suplente. “Eu já recebi a palavra do presidente estadual [deputado Júnior Geo] que da parte do partido eu terei essa anuência”, contou.
Justa causa
De toda forma, Edinho disse que fará uma consulta junto ao Ministério Público Eleitoral e ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO) “para garantir a justa causa”.