A senadora Kátia Abreu (PDT) procurou o Ministério Público Federal Regional, em Brasília, nessa quarta-feira, 13, para solicitar o desbloqueio de R$ 32 milhões que deveriam ser destinados à reforma e à ampliação do Hospital Geral de Palmas (HPG), unidade responsável pelo acolhimento de pacientes de todo o Tocantins.
O recurso é proveniente de parte de um empréstimo firmado entre o governo do Tocantins e o Banco do Brasil, mas está bloqueado desde 2016. Isso porque uma obra de pavimentação da TO-428 – que também seria financiada com os recursos contraídos junto ao banco – foi paralisada por suspeitas de irregularidades. A reforma do HGP, porém, não tem nenhuma relação com a investigação.
“O Banco do Brasil provocou enormes prejuízos e danos irreparáveis à saúde do povo tocantinense e deverá de alguma forma reparar esse erro”, afirmou Kátia Abreu.
Solicitado há três anos a desbloquear o recurso do Hospital Geral de Palmas, o Banco do Brasil vinha argumentando que seria necessária uma nova decisão judicial para tal. Conforme a assessoria da senadora, contudo, o MPR entende que a decisão judicial nunca determinou o bloqueio dos valores. Apenas a suspensão do pagamento à construtora investigada pela obra na TO-428.
O montante de R$ 32 milhões seria destinado, no HGP, para a construção de dez novos centros cirúrgicos e de uma UTI com 60 leitos e cobriria a ampliação do pronto socorro para atendimento da demanda de 150 pacientes por dia. Ainda bancaria demandas de nutrição, processamento de roupas, almoxarifado, esterilização, abastecimento de água e tratamento de esgoto elétrico, além da construção de um velório e um necrotério.