A senadora Katia Abreu (PDT) justificou ao site Congresso em Foco que retirou de última hora sua assinatura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a atuação do Judiciário para evitar “uma crise de Poderes neste momento”. Conforme o site, com os pedidos de retirada dela e do colega Tasso Jereissati (PSDB-CE), o requerimento de criação da comissão acabou arquivado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Kátia Abreu afirmou, por meio da assessoria de imprensa, não ter entendido qual seria o escopo da investigação quando apoiou a medida.
“Inicialmente, a senadora acreditava que a CPI investigaria sentenças diferentes para casos semelhantes em todo o país, em todas as instâncias. Mas ela não concorda com o foco no STF. Para a senadora, não é bom para o Brasil e para as instituições abrirmos uma crise de Poderes neste momento”, informou a assessoria de Kátia, conforme o Congresso em Foco.
A “CPI Lava Toga” queria investigar o funcionamento de órgãos como o Supremo Tribunal Federal (STF) e pretendia, inclusive, convidar ministros da Corte para darem depoimento.
Além de Kátia, Eduardo Gomes (MDB) também solicitou a retirada de sua assinatura por meio de aplicativo de mensagens via celular, com uma foto em que comunicava a desistência. Assim, de acordo com o Congresso em Foco, a exclusão não foi oficializada, mas será feita após o cumprimento de procedimentos burocráticos de confirmação.
O senador Irajá Abreu (PSD) não havia assinado o documento.