O prefeito de Paraíso do Tocantins, Moisés Avelino (MDB), marcou presença no lançamento da pré-candidatura à reeleição do senador Vicentinho Alves (PR). Em breve conversa com a imprensa, o gestor disse que não representou o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), demonstrando ainda certa insatisfação com a legenda.
“Não sou representante do partido, represento aqui o cidadão Moisés Avelino. Sou amigo do Vicentinho Alves. Vou votar nele para senador, vou ajudá-lo”, disse ao ser questionado sobre a presença no evento. “O resto vou observar depois”, acrescentou sobre as candidaturas aos demais cargos.
Ao ser questionado sobre as recentes articulações emedebistas, Moisés Avelino demonstrou certo descontentamento com o partido, apesar de negar e dizer que a insatisfação é na verdade de “alguns” correligionários com ele e não ao contrário.
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“Estou dentro do partido igual quarto de empregada, lá na periferia. Não sou chamado para nada, não tenho dado palpite, não tem me procurado e estou quieto lá no meu canto”, comentou.
Entretanto, Moisés Avelino rejeitou qualquer possibilidade de deixar o partido. “Não saio. Partido não faz o homem, o homem faz o partido”, afirmou.
O MDB ainda não definiu qualquer posicionamento, mas iniciou diálogo com Carlos Amastha (PSB) através do ex-governador Marcelo Miranda. Acionado, o prefeito não quis comentar sobre esta aproximação.
Em janeiro, durante o 3º Encontro do MDB em Palmas, Moisés Avelino fez duro discurso contra Carlos Amastha. Na época, o emedebista dizia que o então prefeito de Palmas não renunciaria para disputar o governo e ironizou o discurso do pessebista contra os chamados políticos tradicionais. “Para ele [Amastha], no WhatsApp, tudo é bandido. Olha quem está ao redor dele”, recomendou, para emendar em seguida: “Não precisa falar, não.”