A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta quarta-feira, 8, em Brasília, que está “na briga” para manter a Fundação Nacional do Índio em sua pasta e impedir o retorno do órgão para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“O lugar da Funai é nos Direitos Humanos”, disse Damares, durante a abertura de um congresso sobre liberdades civis fundamentais, organizado pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, também presente à mesa de abertura do evento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), disse que a transferência da Funai não é um pleito de sua gestão.
A Funai foi transferida do Ministério da Justiça para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos por meio de medida provisória publicada em janeiro.
O governo também retirou do órgão a atribuição de demarcar terras indígenas, função que ficou a cargo do Ministério da Agricultura.
Nessa terça,7, o relator no Senado da Medida Provisória da reforma administrativa, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), apresentou relatório em que prevê o retorno da Funai para o Ministério da Justiça.
Nesta quarta-feira, Moro negou qualquer interferência para que a Funai retorne para a sua pasta, “porque não estaria no foco específico do ministério. Então, sou inocente de qualquer manobra para retirar a Funai das mãos da ministra Damares”, disse.
A ministra pediu aos parlamentares presentes ao evento desta quarta, que integram a bancada evangélica na Câmara, que votem pela permanência da Funai em seu ministério. (Felipe Pontes, da Agência Brasil)