Pré-candidato ao governo do Tocantins pelo Rede Sustentabilidade, Márlon Reis participou de debate na noite desta quinta-feira, 12, na Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa). Aos empresários, o ex-juiz defendeu a necessidade do Executivo ser mais inteligente em sua política fiscal e tributária para não prejudicar o setor produtivo. O mote utilizado do político foi o “Estado colaborador”.
Márlon Reis foi enfático ao afirmar que a carga tributária precisa ser justa. “O governo precisa ter inteligência fiscal para não estrangular o setor produtivo. Os impostos não podem ser inibidores do desenvolvimento. A fome fiscal do Estado está sufocando o empresário e achatando os lucros, criando dificuldade de gerar emprego”, pontuou.
“O governo tem que deixar de oprimir a iniciativa privada como faz hoje e assumir o papel de colaborador do desenvolvimento setor empresarial. Tem que ser parceiro do empresário, fortalecendo a economia, gerando emprego e renda de qualidade para o nosso povo”, acrescentou o pré-candidato.
Segundo dados apresentados por Márlon Reis no evento, a Receita Corrente Líquida do Tocantins dobrou na última década, mas alerta que, paralelo a isso, as despesas também cresceram enormemente. “A crise possui uma conta simples. Por mais que o Estado tenha aumentado sua arrecadação, por má gestão aumentou também seus custos”, sintetizou.
“O governo gasta mal o que arrecada, inchando a máquina pública com pagamento de folha e custeio, enquanto o percentual de investimento real é quase zero, o que deixa o Estado na crise que se encontra hoje”, comentou, propondo ainda uma redução responsável de tributos.
Conhecido por ser um dos redatores da Lei da Ficha Limpa, Márlon Reis reforçou compromisso de austeridade contra a corrupção na administração pública. “Não vamos tolerar. Esse mal que contamina o setor público é o que emperra o crescimento do Tocantins. Não podemos mais aceitar que a corrupção impeça nosso Estado de progredir e cause tanto mal para as famílias tocantinenses”, comentou.
Empreendedorismo
O incentivo ao empreendedorismo foi outro ponto destacado por Márlon Reis durante debate com empresários na Acipa. Entre seus projetos para o Tocantins está que a inclusão do tema como disciplina obrigatória no currículo das escolas públicas. Para o advogado, também é papel do “Estado Colaborador”, defendido por Márlon, estimular o empreendedorismo desde cedo, nas escolas e na Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), criando opções de futuro para crianças e jovens tocantinenses.
Márlon Reis ainda reforçou a responsabilidade que a universidade possui nesse ciclo de desenvolvimento, dando exemplos como Stanford, nos Estados Unidos; de onde surgiu o Vale do Silício. Para Márlon Reis, a universidade tem a função de gerar inovação e conhecimento que possam contribuir para a evolução da cadeia produtiva no Tocantins e o fortalecimento da economia.
Estabilidade para sair da crise
Márlon Reis argumentou que a instabilidade econômica e política provoca grave crise no Estado, aumentando a insegurança na classe empresarial, afugentando investidores e impedindo o Tocantins de crescer. Entre as propostas do político está a criação de um marco regulatório, com leis que deem segurança a investidores. “O empresário precisa ter a segurança que as leis não vão mudar, que o governo não mudará as regras do jogo depois que a partida começar. O Estado tem que garantir a estabilidade normativa”, defendeu.
O pré-candidato também respondeu ao questionamento do empresariado sobre suposta “política de multas” do governo. “É uma subversão completa do papel do Estado. O governo precisa cumprir seu papel fiscalizador para evitar a desordem, mas não pode se sustentar de multas. Vamos redesenhar o Estado nas mais diversas áreas, mas sempre com a proposta do Estado Maestro, o Estado Colaborador”, reforçou.
Márlon Reis encerrou defendeu que o Tocantins “tem alto potencial” para expandir a economia”, e que o papel do governo é para estimulá-lo. “Comigo, o Estado será parceiro do empresário”, garantiu. (Com informações da Ascom)