O vereador Milton Néris (PP) também foi à Tribuna na sessão desta quarta-feira, 7, mirou as críticas ao presidente Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do PreviPalmas, Júnior Geo (Pros), devido à contratação da assessoria para auxiliar os trabalhos do grupo. O progressista defendeu que a empresa trabalha apenas para a presidência da CPI e criticou o gasto de R$ 90 mil da Câmara.
“Deveria usar recursos da sua verba de custeio e não da Câmara, uma vez que este assessoramento não serve para os demais vereadores. E me espanta contratar por R$ 90 mil uma assessoria para poder dar aula de Regimento. Nós temos uma Procuradoria, Assessoria Legislativa, das Comissões, dos vereadores, que fazem isto há mais de décadas, e o faz com brilhantismo”, disparou Milton Néris.
A observação do progressista deve-se à decisão de Júnior Geo de impedir a participação de vereadores que não são membros da comissão nas oitivas das testemunhas. O presidente teria preterido o parecer da Procuradoria da Casa em prol do entendimento da empresa. “Não entendi porque uma assessoria contratada está neste momento tentando interpretar regimento se isto é prática do dia-a-dia de todos”, comentou.
“Eu fui excluído da CPI. Eu não sei qual foi a preocupação do presidente. Talvez porque o incomoda a minha maneira de fazer a fiscalização. Nós tínhamos um convidado para tomar café, comer um lanchinho nesta Casa. Talvez as perguntas antecipadas era para poder combinar com ele [Carlos Amashta]. Acho que a ideia era essa”, disparou ainda Milton Néris.
O vereador voltou a fazer referência a um suposto acordo entre o presidente da CPI e o ex-prefeito. “Júnior Geo não vai me impedir de enquadrar aquele malandro [Amastha] porque o lugar dele é na cadeia, é devolver o dinheiro dos servidores, não é passar a mão na cabeça. E esta assessoria contratada no meu entendimento está é a serviço daquele malandro”, endureceu.
Milton Néris ainda chamou a comissão de “banca de pizza” e projetou a anulação dos trabalhos pela suposta desobediência de Júnior Geo ao Regimento Interno, citando haver até jurisprudência do Supremo Tribunal Federal neste sentido.