Em plena campanha eleitoral, os vereadores André Caixeta (PSB), Rodrigo Maciel (PSD), Rodrigo Ferreira (PP), Marilis Fernandes (PDT) e Débora Ribeiro (Republicanos) apresentaram nesta terça-feira, 3, um requerimento para investigar a prefeita de Gurupi e candidata à reeleição, Josi Nunes (UB), por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A iniciativa é motivada por denúncia de irregularidades na aposentadoria da gestora apresentadas pelo professor Paulo Izidio, da Unirg. Em contraponto, o próprio Instituto de Previdência Social (GurupiPrev) negou qualquer ilegalidade. O Ministério Público (MPE) também investiga o caso.
SEM VALIDADE JURÍDICA NENHUMA
Líder da prefeita na Câmara, o vereador Ivanilson Marinho (PL) foi bastante duro com os colegas em conversa com a Coluna do CT. O liberal questiona a iniciativa em três pontos. O primeiro é que a solicitação de abertura de CPI veio como um simples requerimento, sem instrução de provas ou indícios robustos das irregularidades e abusos a serem investigados, conforme é previsto no Regimento Interno. Outro ponto destacado é o fato de que, regimentalmente, as conclusões dos trabalhos são encaminhadas ao MPE, mas este já está ciente do caso. Por último, o parlamentar questiona a formação da comissão, já que aqueles que assinam o pedido são impedidos de compor o grupo de trabalho. Ou seja, todos os cinco opositores não poderão promover a investigação. “Nasce um documento sem validade jurídica nenhuma para nós”, resume.
PÉSSIMO EXEMPLO DE COMO SE FAZER POLÍTICA
Na avaliação de Ivanilson Marinho, o pedido de abertura é simplesmente uma tentativa de prejudicar Josi Nunes e dar munição ao deputado estadual Eduardo Fortes (PSD), que disputa o Paço de Gurupi pela oposição. “Apenas jogo político para desgastar a prefeita. Único propósito é fazer palanque, dar pauta para o candidato deles. Acabando as eleições, eles não terão nenhum interesse nisso. Não conhecem a legislação. Estes cinco vereadores deram péssimo exemplo de como se fazer política”, decretou.