O lançamento da pré-candidatura de Márcio França (PSB) a prefeito de São Paulo nesta quinta-feira, 12, também serviu para formalizar uma aliança entre o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) a nível nacional. Nos sites oficiais de ambas as agremiações é citado que estão sendo “negociadas” ou “costuradas” composições em outras cidades. Entretanto, o presidente pessebista no Tocantins, Carlos Amastha, garante haver resolução que obriga consulta às executivas nacionais para decidir os candidatos nas capitais. À Coluna do CT, o presidente do PDT no Estado, Jairo Mariano, diz que acordo entre siglas não interfere em Palmas.
Decisão passa pela executiva nacional
Presente na reunião realizada na capital paulista, Carlos Amastha enviou material à imprensa que as candidaturas nos municípios mais relevantes devem ser definidas pelas cúpulas das agremiações. “Foi aprovada por unanimidade a resolução que obriga que as coligações nas cidades com mais de 200 mil eleitores têm que ser ratificadas e aprovadas pelas direções nacionais. O presidente Carlos Lupi, do PDT, confirmou o mesmo entendimento. Portanto em Palmas e todas as capitais e grande cidades onde houver PDT e PSB a decisão passa pela executiva nacional”, pontuou o dirigente, que é adversário histórico do vereador Milton Néris, pré-candidato pedetista em Palmas.
Possibilidade de apoios recíprocos
Conforme o material do PSB do Tocantins, o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, explicou a importância da resolução. “Porque você concentra na mão da executiva nacional a possibilidade de apoios recíprocos. Então se o PDT quer um apoio nosso, naturalmente irá apoiar a gente em outros lugares”, teria dito o líder pessebista.
Definição por Néris já foi feita
Apesar da fala de Amastha, Jairo Mariano voltou a garantir a pré-candidatura de Milton Néris. “Há um entendimento dos dois partidos a nível nacional de que devem procurar uma aliança. Porém, em Palmas, esta definição já foi feita com a anuência do presidente do partido no Estado, que sou eu; e também do nacional, que é o Carlos Lupi”, disse à Coluna do CT.
Amastha tem que falar do PSB
Jairo Mariano também criticou Carlos Amastha em forçar uma situação que não relação com o PSB. “Ele tem que falar pelo partido dele. O nosso partido tem candidatura própria, já está definida pela executiva estadual e nacional e a decisão de São Paulo nada interfere em Palmas”, voltou a afirmar.
Cenário totalmente diferente em Palmas
O presidente do PDT do Tocantins afirma que a reunião em São Paulo resultou apenas em uma orientação para que as siglas tentem se aliar, mas destaca que o caso é difícil aplicação na Capital do Estado. “Mesmo que houvesse [resolução], nós temos um cenário totalmente diferente em Palmas porque sabemos o posicionamento do nosso candidato, as divergências que tem com o ex-prefeito”, diz.
Não tem histórico de intervenção
Jairo Mariano encerrou a conversa para até a possibilidade da direção nacional intervir em Palmas. “Ele [Milton Néris] está integralmente chancelado para buscar os apoios necessários para a candidatura dele. 100% de segurança. O partido não tem histórico de intervenção, a possibilidade disto acontecer é zero”, garantiu à Coluna do CT.
Andrino diz ser uma das prioridades do PSB
Tiago Andrino também esteve presente na reunião e comemorou a receptividade do partido com sua pretensão. “Fiquei feliz da nossa candidatura ter sido colocada mais uma vez como uma das prioridades do PSB, como foi definido pela executiva nacional, e como já havia sido adiantado pelo presidente Carlos Siqueira quando esteve em Palmas. Essa construção de aliança e apoio que ele vem fazendo pode com certeza fortalecer as candidaturas de todas Capitais do Brasil”, afirmou em material do partido.