Deputados adiantaram à Coluna do CT que está “bem desenhada” a reeleição de Antônio Andrade (PHS) na presidência da Assembleia. Como vem ocorrendo desde 2008, a eleição é realizada em junho do ano anterior ao vencimento do mandato da Mesa Diretora. O atual biênio se encerrará em 1º de fevereiro de 2021, então, a escolha dos novos dirigentes da Casa ocorrerá em junho de 2020.
Sorri sisudo
De acordo com os deputados, Andrade soube se relacionar com os colegas e os prestigia. “Ele parece duro, sorri de forma sisuda, mas é afável com todos”, definiu o emedebista Elenil da Penha.
O próximo na linha sucessória
Outros colegas olham para 2022, quando ocorrerá a sucessão estadual. Se realmente se reeleger presidente em 2020 e o vice-governador Wanderlei Barbosa (PHS) conseguir chegar à Prefeitura de Palmas, Andrade será o próximo homem na linha de sucessão do governador Mauro Carlesse (DEM).
Maior cabo eleitoral
Como Carlesse deve renunciar seis meses antes das eleições de 2022 para disputar vaga de senador, o presidente da Assembleia, no caso de Wanderlei se tornar prefeito, assumirá a titularidade da principal cadeira do Palácio Araguaia e deverá disputar a reeleição de governador. “Por isso, Antônio Andrade é hoje o maior cabo eleitoral do Wanderlei”, brincou um deputado.
O 4º presidente da AL no Palácio
Se a estratégia der certo, Andrade será o quarto presidente da Assembleia, consecutivo, a assumir o cargo de governador. Carlos Gaguim (DEM) comandou o Palácio a partir de setembro de 2009; Sandoval Cardoso a partir de abril de 2014 e Mauro Carlesse desde março de 2018.
Começou com Gaguim
A antecipação da eleição da Mesa Diretora começou com o hoje deputado federal Carlos Gaguim, em 2008, quando ele presidia a Assembleia. Na época, estremecido com o então governador Marcelo Miranda (MDB), Gaguim antecipou a eleição da Mesa para junho, antes das disputas municipais daquele ano.
Esperteza
Nos bastidores se dizia que teve a benção do Palácio em troca de apoiar os candidatos a prefeito do governo Marcelo. Gaguim foi reeleito, mas não acompanhou o Palácio nas eleições municipais daquele ano. Ao contrário, se aliou ao líder das oposições na época, senador João Ribeiro, e o ajudou a impor uma imensa derrota a Marcelo nos principais colégios eleitorais do Estado.
Rejeitado três vezes
O deputado Ricardo Ayres (PSB) já apresentou em suas três legislaturas um projeto de resolução para voltar a eleição para o final do mandato da Mesa Diretora, mas em todas as oportunidades a proposta foi rejeitada.