O finado Partido Trabalhista Cristão (PTC) tornou-se Agir após a alteração estatutária ser aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 30 de março. A sigla já tem comissão provisória formada no Tocantins e terá como principal projeto eleger ao Senado Federal o ex-governador Mauro Carlesse, que renunciou no dia 11 de março em meio a um processo de impeachment e sendo alvo de duas operações da Polícia Federal, a Hygea e Éris, que já o tinham afastado do cargo. A direção do partido no Estado é formada pelos principais auxiliares do ex-gestor enquanto esteve à frente do Palácio Araguaia: a presidência está com Sebastião Albuquerque, que passou pelo Instituto Natureza (Naturatins) e foi chefe de gabinete do agora pré-candidato; o vice-presidente é José Humberto Marquez Pereira, ex-secretário de Assuntos Estratégicos; como secretária-geral está Juliana Passarin, que comandou toda a Infraestrutura; e a tesouraria será gerida por Margareth Aparecida de Lima, ex-assessora especial da governadoria.
Batalha pela elegibilidade
O primeiro desafio do Agir será confirmar o futuro registro de candidatura de Mauro Carlesse, isto porque a renúncia pode lhe imputar inelegibilidade, conforme o relato de advogados à Coluna do CT. A Lei Complementar 94 de 1990 é quem pode tirar o ex-governador do pleito, visto que há um dispositivo [art 1º, inciso I, alínea k] que aplica inelegibilidade para o chefe do Poder Executivo que deixar o cargo em meio a um processo que possa gerar seu impedimento. Uma das saídas seria convencer a Justiça Eleitoral de que a renúncia foi meramente por interesse de disputar outro cargo, o que é previsto pela mesma legislação [art. 1º, inciso II, § 5o].