O deputado federal Célio Moura (PT) foi à Tribuna da Câmara para repercutir uma nova reportagem do The Intercept Brasil na série denominada Vaza Jato. O veículo aponta que membros da força-tarefa da Lava Jato teriam protegido os grandes bancos em detrimento de outras instituições. O petista afirmou que o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro, “brincaram de Deus”, mas “não o cristão”
Um Deus com viés ideológico
Célio Moura compara este “Deus” com o pregado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Dallagnol e Sergio Moro se viam numa jornada messiânica para salvar o Brasil. Tentaram derrubar ministro do STF [Supremo Tribunal Federal], fizeram lobby para emplacar PGR [procurador-geral da República], influenciaram a campanha presidencial, enfim, brincaram de Deus. Mas não é o Deus cristão. É um mais parecido com aquele do Bolsonaro. Um Deus que deseja criar um monumento para si. Um Deus acima de tudo, com viés ideológico”, disse.
Lata de lixo histórica
O petista ainda foi mais duro e pediu a prisão do ministro e do procurador. ““É preciso que a Lei e a Justiça coordenada por agentes públicos sérios e cientes de suas enormes responsabilidades, desmantelem imediatamente com essa máfia de Curitiba, obviamente assegurando-os o direito legal de ampla defesa que eles tanto negam, para que em seguida vejamos tanto o senhor Sérgio Moro quanto seu comparsa e sócio menor Deltan Dallagnol, presos! O monumento de Moro e Dallagnol é uma lata de lixo histórica, junto com férias em alguma colônias penal, onde possam refletir e pagar pelos seus gravíssimos crimes e desumanidades”
Não tão implacável
O tocantinense também criticou os critérios da investigação, aproveitando para defender o ex-presidente Lula da Silva (PT). “Sabemos que a operação não era nem tão imparcial, nem tão implacável contra a corrupção assim. Alguns políticos e setores econômicos contaram com a leniência dos procuradores. Lula, por exemplo, era uma obsessão, um alvo a ser eliminado da corrida eleitoral nem que para isso fosse necessário infringir a lei. Já FHC [Fernando Henrique Cardoso, PSDB] era visto como um ‘apoio importante’”, comentou.