A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), apresentou nesta sexta-feira, 29, durante entrevista coletiva, um plano para retomada das atividades econômicas da Capital a partir do dia 8 de junho, quando poderão voltar a funcionar o comércio varejista, concessionárias, lojas de departamentos e parques praças.
A partir do dia 15
No dia 15 de junho, poderão retomar os trabalhos shoppings (com exceção da área de entretenimento), restaurantes (self-service e a la carte), academias e escolas de natação e esportivas.
74,93% operando
A secretária de Desenvolvimento Econômico e Emprego, Mila Jaber, apresentou um levamento que mostra que apenas 25,07% das empresas não estão autorizadas a funcionar, e que 74,93% operam neste momento. Segundo ela, o plano levado a público nesta sexta tem por base os princípios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Secretaria da Saúde de Palmas.
100% abertas
De acordo com o levantamento de Mila, 100% das empresas agropecuárias, construção civil e indústrias já trabalham normalmente e 81% do setor de serviço também.
47% do comércio
O problema, conforme o estudo apresentado pela secretária, é o comércio, que tem apenas 47% das empresas em funcionamento. Mila lembrou que o problema é que esse é o setor que mais emprega.
Em cores
De acordo com ela, o plano de retomada tem cinco fases, definidas por cores. A fase 1, vermelha, de alerta máximo, na qual só pode funcionar o essencial; a 2, laranja, de controle, com eventuais liberações; a 3, amarela, quando começa a ampliar a flexibilização; a 4, azul, quando as autorizações para funcionamento se ampliam com as devidas restrições; e, por fim, a 5, verde, quando a doença está controlada, há a liberação de todas as atividades com o devido protocolo.
Da amarela para azul
A secretária disse que Palmas está saindo da fase amarela para a azul. Na primeira, liberou vários setores, como construção civil, transporte coletivo, lotéricas e feiras, e agora avança, no processo de flexibilização.
Protocolo de segurança
Mila afirmou que muitos segmentos já apresentaram protocolo de segurança para as empresas adotarem. Ela contou que semana que vem será de planejamento com esses segmentos e que esses protocolos terão que ser validados com o apoio da Vigilância Sanitária e do Comitê de Operações de Emergência (COE), para fazer com o que for definido se torne regra. “Ao ponto em que nossa fiscalização, ao chegar no estabelecimento e perceber que esse protocolo não está sendo cumprido, nós vamos notificar; na segunda vez, multar; e, na terceira, faremos uma suspensão do alvará”, avisou.
Ação radical
Ela defendeu que é preciso essa “ação radical”. “Porque se a gente não educar a população em geral e nossos empresários, a curva vai voltar e aí a situação vai se tornar muito pior”, avaliou.
Não está sob controle
Apesar do avanço de fase, o próprio secretário da Saúde, Daniel Borini Zemuner, admitiu que a Covid-19 não está sob controle na Capital. No entanto, ele disse que Palmas tem conseguido manter uma taxa de letalidade baixa, 1,4%, com sete mortes, um número médio baixo de novos casos (em torno de 25) e conta com estrutura de atendimento (leitos clínicos e UTIs) com baixa ocupação. Sobre o pico de casos diários, como ocorreu esta semana, o secretário explicou que se deve ao acúmulo de testes que são liberados de uma só vez.
Requisição do Estado
Ainda sobre os leitos, Zemuner reforçou que a prefeitura não pôde avançar na locação de UTIs privadas por conta da requisição administrativa feita pelo governo do Tocantins, em razão da internação de pacientes de outros Estados na Capital.
Um passo atrás
O secretário concordou com a volta ao que chamou de “uma certa normalidade”, mas avisou que se tiver que dar “um passo atrás, vamos dar, sem vergonha disso”. “Porque em nenhum lugar do mundo se conseguiu uma forma correta para se fazer isso [flexibilização ampla]”, ressaltou.
Não está disposta a retroceder
A prefeita Cinthia Ribeiro disse que não está disposta a retroceder nos avanços que avaliou que a Capital conquistou até aqui. “Tudo que nós conseguimos e avançamos até aqui, não estamos dispostos a retroceder. Todas as medidas que colocamos não inviabilizam a economia, mas também não podem ser medidas que coloquem nossa população em risco. O status e o quadro epidemiológico vão ditar os próximos passos e como nós vamos avançar”, afirmou.
Pode recuar
Cinthia disse que, se o município observar “um movimento crescente que comprometa em algum momento nosso número de leitos clínicos, UTIs e respiradores, com testagem em sintomáticos e assintomáticos”, vai haver um recuo e serão apresentadas novas datas.