O candidato a governador do Partido Social Liberal (PSL), César Simoni, enviou nota à imprensa para comemorar o resgate da professora Elisângela Mendes Sobrinho e do servidor Roberto da Silva Aires, que foram feito reféns por fugitivos da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), em Araguaína. O político chegou a anunciar a morte da professora ao vivo, em meio ao debate da TV Anhanguera, de terça-feira, 2, mas acabou desmentido pelo Estado. O governadoriável justifica que pegou a falsa informação em um site de notícias do Tocantins.
“Estou aliviado que a professora Elisângela Mendes e o técnico de Defesa Social Roberto da Silva tenham sido libertados sãos e salvos, parabenizo a todos os agentes e policiais envolvidos nesta operação, ao mesmo tempo, sigo revoltado com a postura do governador que preferiu dar ordens e ficar sentado em seu gabinete com ar condicionado ao invés de dar apoio pessoal às famílias das vítimas”, criticou.
Ex-secretário de Segurança Pública, César Simoni aproveitou para exaltar atuação à frente da pasta, destacando que nunca ocorreu uma rebelião na sua gestão. “Trago em minha filosofia de vida que bandido bom é bandido morto, mas não quando este está sob a guarda do Estado que tem obrigação de fazer sua segurança e zelar pela sua ressocialização, afinal é o que determina a Lei de Execução Penal Brasileira”, chega a disparar na nota o governadoriável.
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Críticas
O governador Mauro Carlesse (PHS) também não foi poupado. César Simoni lembrou quando o adversário chegou a ficar preso da Assembleia Legislativa por atraso na pensão alimentícia do filho. “Tratado com todas as regalias de deputado, usufruindo do bom e do melhor pago com dinheiro público”, afirmou.
Simoni também reagiu às críticas de Carlesse, que repudiou a “exploração” da falsa informação da morte de Elisângela Mendes. “Ao invés de dar uma explicação de como pelo menos 28 bandidos fugiram de um presídio, prefere, o governador, atacar adversários políticos”, rebateu.
Leia abaixo a íntegra da nota:
“FUGA DO PRESÍDIO BARRA DA GROTA
NOTA DE ESCLARECIMENTO – CÉSAR SIMONÍ
A rebelião ocorrida no dia 02 de outubro de 2018 é um reflexo claro da falta de gestão deste Estado. Durante todo o período no qual fui Secretário de Segurança Pública demos apoio efetivo aos agentes penitenciários sob a responsabilidade da Secretaria de Cidadania e Justiça, com atuação constante do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), sob o meu comando e com isto, em toda a minha gestão, jamais houve acontecimentos desta natureza.
Enquanto no Brasil, principalmente nos estados do norte e nordeste, várias rebeliões se desencadearam, via de regra, comandadas por disputas entre facções, resultando em muitas mortes e fugas de presos, no Tocantins isto não aconteceu, graças a um trabalho efetivo de inteligência que se antecipava a este tipo de evento.
Trago em minha filosofia de vida que bandido bom é bandido morto, mas não quando este está sob a guarda do Estado que tem obrigação de fazer sua segurança e zelar pela sua ressocialização, afinal é o que determina a Lei de Execução Penal Brasileira.
Esquece o governador Carlesse que quando ficou preso na Assembleia Legislativa contou com segurança à disposição por 24 horas, foi tratado com todas as regalias de deputado, usufruindo do bom e do melhor pago com dinheiro público; mas ao invés de dar uma explicação de como pelo menos 28 bandidos fugiram de um presídio, prefere o governador, atacar adversários políticos. Já mostrei que sei como antever e evitar este tipo de problema e se eleito, não vou ficar assistindo gangues e facções organizarem fugas sem fazer nada.
Estou aliviado que a professora Elisângela Mendes e o Técnico de Defesa Social Roberto da Silva tenham sido libertados sãos e salvos, parabenizo a todos os agentes e policiais envolvidos nesta operação, ao mesmo tempo, sigo revoltado com a postura do governador que preferiu dar ordens e ficar sentado em seu gabinete com ar condicionado ao invés de dar apoio pessoal às famílias das vítimas. Reafirmo, se eleito minha prioridade e toda atenção será destinada às vítimas e suas famílias. Comigo bandido não se cria.”