Em nota assinada pelo presidente João Paulo Coelho Neto, Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual (Sindifiscal) manifestou “repulsa” à decisão do governador Mauro Carlesse (PHS) de dispensar delegados da função comissionada de chefias regionais. A entidade chama de “infeliz coincidência política” o ato acontecer em meio a Operação Expurgo da Polícia Civil, que tem como alvo o ex-juiz eleitoral João Olinto Garcia de Oliveira, pai do até então líder do governo Olyntho Neto (PSDB).
O Sindifiscal ainda questiona o argumento do governo utilizado para as exonerações. “Observa-se que não se sustentam as alegações de economia e enxugamento da máquina pública, uma vez que não fora extinto o cargo de Delegado Regional e serão nomeados outros delegados. E mais: se as ditas medidas de enxugamento seguissem o protocolo da LRF, deveriam ser cancelados inicialmente contratos temporários na estrutura do Estado”, anota.
Na avaliação da entidade, a medida do governo seria retaliação. “A sociedade tocantinense e brasileira não admite mais atitudes retaliatórias como essa que configuram um péssimo exemplo de interferência do governo no desenvolvimento dos serviços públicos. Senhor Governador, a autonomia funcional da Polícia, assim como a do Fisco, são essenciais para garantir a estabilidade, a lei e a ordem no Estado. Exigimos respeito”, encerra.
Leia a íntegra da nota do Sindifiscal:
“O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Tocantins (Sindifiscal), vem a público manifestar repulsa ao ato do governador Mauro Carlesse que exonerou os delegados regionais de Polícia Civil do Tocantins de seus cargos de chefia, alegando economia e cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal(LRF) – explicação que a sociedade não acatou.