O deputado federal Vicentinho Júnior (PL) convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 10, para falar sobre a instalação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 em Porto Nacional. O tom do discurso do congressista foi pelo reconhecimento do trabalho que fez junto ao Ministério da Saúde (MS), que vê sendo ignorado pelo governo estadual.
Situação caótica
Conforme já repercutido pela Coluna do CT, Vicentinho Júnior afirma que a habilitação dos leitos passou por uma atuação direta dele junto ao MS. “Depois de conviver em Porto Nacional, de ouvir nos grupos, ser interpelado nas redes, e observando a imprensa noticiando e cobrindo a realidade, me deparei com a situação caótica que está Porto Nacional”, comentou sobre o que motivou a articulação.
Os 10 leitos serão mantidos pelo Ministério da Saúde
A crítica de Vicentinho Alves é pelo fato de o Estado ter ignorado sua atuação. “Pelo o que estou entendendo, estes 10 leitos do governo do Estado são os mesmos da habilitação do Ministério da Saúde”, contou. Segundo o parlamentar, a regulamentação das UTIs é feita pelo Tocantins, mas será o governo federal quem manterá a estrutura por meio de convênio, seja com unidade particular ou o Hospital Regional de Porto Nacional.
Deputado preferia convênio com rede privada
Vicentinho Júnior admitiu na entrevista que, na articulação junto ao Ministério da Saúde, defendeu que o convênio para a instalação das UTIs fosse firmado com a rede privada. “O Hospital Regional não tem condições mínimas para receber”, argumentou. Neste sentido, o congressista vê na intenção da Secretaria da Saúde do Tocantins (Sesau) de colocar estes leitos na unidade estadual como uma forma de ocultar sua participação na habilitação dos mesmos. “Estou vendo um esperteza por parte do secretário Edgar Tollini”, avaliou.
Não precisa gostar, mas o mínimo é reconhecer
O parlamentar não escondeu a insatisfação com o secretário estadual da Saúde e lembrou que não foi a primeira vez que tentou esconder suas ações em prol do combate à Covid-19 no Tocantins, citando o caso do imbróglio das emendas de fevereiro. “Não cabe mais, em ano de pandemia, ficar usando de inverdades. Não estou preocupado em ser um grande protagonista, só não quero ser desmerecido. Ele [Edgar Tollini] não é obrigado a gostar do deputado, agora reconhecer um gesto em atender, ajudar, é o mínimo que pode fazer. Ter gratidão e reconhecer o trabalho alheio”, disse durante a coletiva.
Não sabe o que faz? Copie Araguaína
Oposição ao Palácio Araguaia e ao Paço da Capital, Vicentinho Júnior deixou claro que não está satisfeito com a condução da pandemia de nenhum dos dois entes, mas chamou a atenção o “conselho” que quis dar para ambos. “Se não tem capacidade de pensar com as próprias cabeças, copie. Se não está conseguindo a solução, copie o que foi feito em Araguaína. A discussão que se faz hoje no Estado e em Palmas é a mesma de um ano atrás”, avaliou. Por outro lado, Vicentinho Júnior isentou a gestão da União. “Se algum alento chegou aos quatro cantos deste Brasil continental, chegou através do governo federal”, em referência às transferências para estados e municípios e a instituição do auxílio emergencial.
Estamos juntos
Ainda na noite de quarta-feira, 10, a assessoria enviou vídeo do deputado agradecendo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pelas UTIs para Covid-19 em Porto Nacional. “Acredito que quem sabe pedir tem que saber agradecer. Os primeiros dez leitos a chegar a uma cidade com mais de 100 anos de idade chegam hoje por meio do governo de Jair Bolsonaro”, diz Vicentinho Júnior. “Pessoal, estamos juntos. A gente precisa estar junto o tempo todo, combater juntos e ajudar a população a salvar mais vidas”, respondeu o gestor do MS.
Veja o vídeo: